“Ele precisa de ajuda”, diz vizinha de homem que foi preso ao atear fogo em lixo

Ele precisa de ajuda”, disse a comerciante de 38 anos, vizinha de José Roberto Pereira Paiva, de 45 anos, preso em flagrante após colocar grande quantidade de lixo na calçada e atear fogo em frente de casa. O caso aconteceu na última terça-feira (4), na Rua Eugênio Daneri, no Bairro Buriti, em Campo Grande.

Segundo a comerciante, que pediu para não ser identificada, mora há 15 anos no bairro, ao lado de uma das casas do autor. Segundo ela, José Roberto tem 3 imóveis na rua, herança do pai que já faleceu. Porém o rapaz, é dependente químico e já destruiu os imóveis colocando fogo e depredando. “Ele é acumulador, deixa o lixo na calçada e do nada põe fogo em tudo. Essas casas são herança perdida da família. O pai dele trabalhou a vida toda de gari para adquirir esses imóveis. Tem 8 anos que o pai dele morreu”, destaca.

Conforme a vizinha, o homem é usuário de drogas e não tem uma vida normal. A família já tentou interná-lo, mas diz que o caso é complicado e ainda não conseguiu. “Isso aqui é um problema público terrível. A única solução é interná-lo, mas ele volta. Ele precisa de um tratamento. Ele bebe muito, usa droga, é esquizofrênico, coloca a vida dele e a nossa em risco”, lamentou.

Prisão - Conforme o auto de prisão em flagrante, após o crime o suspeito fugiu. As chamas atingiram a altura do teto da varanda da casa de José Roberto. Com medo do fogo se alastrar, os vizinhos extinguiram as chamas utilizando mangueiras de jardim.

Depois que o incêndio foi controlado, os moradores perceberam que o calor havia danificado a lanterna esquerda de um Volkswagen Gol (estacionado na rua) e acionaram a Polícia Militar. O autor não foi localizado em casa, mas foi capturado e preso logo depois. Em checagem pelo nome, no sistema da polícia, foi constatado que ele era foragido do sistema penitenciário. Indagado, José Roberto negou o crime de incêndio dizendo que outra pessoa havia ateado fogo no local.

Ele confessou apenas que cumpria pena por porte ilegal de arma de fogo e estava foragido do semiaberto. Em dezembro do ano passado, José Roberto foi preso em flagrante também por atear fogo em um colchão e jogar na residência da vizinha. Na ocasião, o incêndio causou dano e a vítima perdeu roupas e móveis.