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Capital

Em Campo Grande, 114 mil deixam de votar, 18% mais do que em 2012

Anny Malagolini e Leonardo Rocha | 02/10/2016 19:26
480,8 mil eleitores compareceram às urnas (Foto: Marcos Ermínio)
480,8 mil eleitores compareceram às urnas (Foto: Marcos Ermínio)

A eleição municipal em Campo Grande apresentou a maior taxa de abstenção nos últimos anos. Pelos dados da Justiça Eleitoral, pelo menos 114 mil pessoas não compareceram às urnas neste domingo (2).

Indício da insatisfação com a política brasileira, marcada por polêmicas, o não comparecimento aumentou 18% em relação a corrida eleitoral de 2012.

Para se ter ideia, a abstenção no primeiro turno desta eleição foi superior aos votos válidos da segundo colocada a prefeitura, Rose Modesto (PSDB), que recebeu 113.738 mil votos. No comparativo com o primeiro turno da eleição municipal de 2012, o número de pessoas que não compareceram as urnas cresceu 18%; foram 96.671 mil abstenções.

Desta vez, políticos tiveram a missão de convencer os eleitores que “nem todos são iguais”, e nessa mistura de desconfiança e falta de crença, o total de votos nulos e brancos para o cargo de prefeito somaram 53.636 mil.

Os votos brancos e nulos em Campo Grande aumentaram 77% em relação a corrida eleitoral de 2012. A apuração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) revelou que dos 541.884 mil votantes, 17.619 mil votaram em branco e 36.017 mil dos votos foram nulos. Enquanto em 2012, os votos brancos somaram 18.843 mil e 11.345 mil nulos – apenas para prefeito.

Os votos inválidos para vereadores da Capital em 2016 foi ainda maior, somaram 59.069 mil. Na eleição passada, foram 15.245 mil nulos e 21.769 branco, somando 37.014.

Cenário - A corrida eleitoral deste ano apresentou mudança também em relação ao comportamento dos candidatos, conforme revelou o juiz eleitoral Davi de Oliveira, da 36º zona eleitoral de Campo Grande.

O juiz avaliou que os candidatos foram mais respeitosos em relação ao cumprimento das normas. “Foi surpreendente porque mostraram que havia preocupação em não errar, inclusive fazendo consultas frequentes à justiça eleitoral”.

Para ele, o novo comportamento dos políticos mostra que a classe está se preparando mais para a campanha e com mais temor em relação as propagandas. “Demonstraram que tinha essa preocupação de não cometer irregularidades, poucas pessoas foram presas”, ressaltou.

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