Em nova reunião com prefeito, Abrasel volta a pedir redução do toque de recolher
Pesquisa da Abrasel mostra que contaminação entre funcionários de bares e restaurantes é menor que 4%
Em reunião na manhã de hoje (9), Abrasel MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul) e empresários do setor voltaram a pedir afrouxamento do toque de recolher para o prefeito Marquinhos Trad.
A solicitação é que o início do toque de recolher volte para meia-noite, duas horas mais tarde do que o imposto pelo último decreto publicado.
Para Roberto Oshiro, primeiro-secretário da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) e membro do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19, a reunião desta manhã foi para aprofundar o diálogo entre o setor e a prefeitura.
Segundo Roberto, a ideia da conversa é mostrar a situação real que os empresários e funcionários estão vivendo. "Só neste fim de semana houve uma queda de 50% no movimento do setor, só pela notícia das novas medidas restritivas que passaram a valer na última segunda (7). Já teve muita demissão no setor, e nenhum empresário quer demitir mais gente, ainda mais no natal, é uma coisa muito triste", complementou Oshiro.
Em entrevista ao Campo Grande News, Juliano Wertheimer, presidente da Abrasel MS, disse que a reunião acabou com a decisão do setor aguardar uma semana da validade do decreto, sendo monitorada de perto a atividade econômica. Na próxima segunda (14), durante a reunião semanal do comitê municipal, serão apresentados os dados coletados.
"Fizemos uma pesquisa com 51 bares e restaurantes de Campo Grande, que totalizam 1.182 funcionários, a contaminação comprovada é de 3,9% desses funcionários, ou seja, nosso setor não é onde se pega covid", explica Juliano.
Em entrevista por telefone, Luís Eduardo Costa, responsável pela Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana), disse que o setor também pede para flexibilizar o percentual permitido de lotação máxima dos estabelecimentos, mas isso ainda será estudado. De acordo com o presidente da Abrasel MS, o limite de ocupação atual, de 40% da lotação máxima dos estabelecimentos, não viabiliza o funcionamento das empresas.
Números da pandemia - Com 18 óbitos registrados no boletim epidemiológico divulgado nesta manhã (9), sendo 13 eles em Campo Grande, Mato Grosso do Sul chega ao maior número de óbitos nos últimos 27 dias, comprovando o novo pico da pandemia de novo coronavírus.
Nas últimas 24 horas, foram 1.314 novos infectados no Estado. Desde o começo da pandemia, já são 108.549 contágios, com 1.870 mortes desde março.