Em protesto, Campo Grande fica sem transporte coletivo até às 7h30
Campo Grande vai amanhecer sem transporte coletivo nesta quarta-feira (15). Em apoio à greve nacional contra as medidas propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB) na reforma previdenciária, os motoristas decidiram realizar uma manifestação e cruzar os braços por duas horas e meia nesta manhã.
O protesto vai até 7h30, quando os ônibus sairão das garagens e voltam a circular normalmente. A paralisação foi decidida repentinamente pelo Sttcu (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) e existe ainda a possibilidade de que ela se estenda por mais tempo, segundo fonte consultada pela reportagem.
Normalmente, as linhas regulares do transporte coletivo de Campo Grande começaram a rodar pelas ruas da cidade a partir das 5h. A informação de que haveria uma paralisação surgiu na noite de terça-feira (14), mas não foi confirmada oficialmente, deixando um hiato para a população.
No momento, uma grande número de trabalhadores estão em frente aos portões das garagens das empresas que formam o Consórcio Guaicurus - viações São Francisco, Cidade Morena, Campo Grande e Jaguar.
A reportagem tentou contato com o presidente do sindicato da categoria, Demétrio Ferreira, até o fim da noite de ontem, mas não obteve sucesso. A situação se repetiu na manhã desta quarta-feira em nova tentativa de contato.
Conforme o apurado pela reportagem, não houve notificação oficial sobre a paralisação nas garagens, sendo que a informação sobre o protesto foi divulgado através de mensagens de WhatsApp entre os próprios motoristas. Posteriormente, a notícias circulou no Facebook - onde surgiu a informação, na página Ligados no Transporte.
A parasilação dos ônibus é só uma pequena parcela dos atos contra a Reforma da Previdência. A previsão é que outras categorias façam manifestações. Funcionários dos Correios prometem paralisar os trabalhos, enquanto o 500 mil alunos em todo o Estado devem ficar sem aulas por tempo indeterminado. A expectativa é que até 5 mil trabalhadores irão às ruas.