Empresa irá cadastrar hoje catadores de lixo para cooperativa de reciclagem
No processo de transição para o novo modelo de coleta e destinação de lixo em Campo Grande, o Consórcio Solurb CG, ganhador da licitação municipal, abre nesta tarde cadastramento dos catadores de lixo para participarem da cooperativa de reciclagem. Nesta manhã, a empresa apresentou o plano de trabalho e recebeu a ordem de serviço para início das atividades da Prefeitura.
De acordo com o superintendente do Consórcio, Elcio Terra, equipes da empresa vão hoje à tarde até a região do lixão de resíduos sólidos no bairro Dom Antônio Barbosa para cadastrar os trabalhadores.
“Para quem não quiser participar da cooperativa será oferecida a oportunidade de participar de outros serviços, receber cursos de capacitação para de pintura e varredura, por exemplo”, afirmou.
De acordo com o titular da Semadur (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano), Marcos Cristaldo, alguns trabalhadores já estão sendo capacitados para atuar na reciclagem.
O lixão no local deve ser desativado na segunda quinzena de dezembro e, então, não será mais permitido a entrada de catadores no depósito de lixo. Os trabalhadores poderão apenas atuar na usina de reciclagem, na separação dos materiais.
Prefeitura e empresa garantem que a usina estará em funcionamento até a desativação do lixão, que será substituído pelo aterro Dom Antônio Barbosa II, em área ao lado. O início das atividades do aterro será no próximo dia 21, quando oficialmente o Consórcio assume todos os serviços ligados ao lixo na Capital.
O investimento total no primeiro ano é de R$ 45 milhões, sendo que o lucro que a empresa deve obter em 25 anos é estimado em R$ 1,3 bilhão.
Além da responsabilidade pela destinação dos resíduos sólidos da Capital, a empresa será a responsável pelos serviços de coleta seletiva, lixo hospitalar municipal, crematório de carcaça de carcaça de animais e limpeza urbana.
Ainda é previsto a construção de um novo aterro para resíduos sólidos, em área de 4 km do atual lixão.
Sobre as ações judiciais que a licitação é alvo, questionando a legalidade do processo e o cumprimento de normas ambientais, o superintende da empresa frisou que não tem conhecimento de nenhuma ação que impeça o funcionamento das atividades no prazo previsto.