Contrato bilionário para exploração do lixo já está valendo
O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PM), assinou ontem o contrato de prestações de serviços do lixo com o consórcio CG Solurb Soluções Ambientais, liderado pela atual prestadora do serviço na Capital, Financial Construtora Industrial e a LD Construções Ltda.
O contrato tem duração de 25 anos, com valor anual de R$ 52.157.648,82. Ao todo, a Prefeitura irá pagar R$ 1,3 bilhão para a empresa ao longo do contrato.
A assinatura do convênio vai contra várias ações judiciais movidas com o objetivo de impedir a conclusão da licitação milionária. Um dos questionamentos era o fato do contrato ser firmado às vésperas da troca de administração da Prefeitura.
Na disputa pelo serviço estava a HFMA Resíduos Urbanos, composto pelas empresas Heleno Fonseca Construtécnica S/A (empresa líder), Agrícola e Construtora Monte Azul e Monte Azul Engenharia. O grupo é de São Paulo.
De acordo com o contrato, o consórcio vencedor terá que oferecer serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, consistindo em coleta, transporte, destinação e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais; coleta, transporte, tratamento, destinação e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos dos serviços de saúde, do originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.
Ainda está prevista a administração dos aterros sanitários Dom Antônio Barbosa I e II e a construção de um novo aterro sanitário, denominado de Erêguaçu.
A última licitação do lixo havia sido realizada em 2005, quando o serviço, após 24 anos, passou da Vega Ambiental para a Financial. À época, o edital foi lançado no valor de R$ 70 milhões.