Dois consórcios disputam licitação para gestão do lixo até 2037
Dois consórcios, intitulados Campo Grande Solurb e HFMA Resíduos Urbanos, disputam a licitação para a gestão do lixo em Campo Grande até 2037. O valor envolvido supera R$ 1,8 bilhão. Os envelopes começam a ser abertos na tarde desta segunda-feira (11) na Prefeitura de Campo Grande.
O primeiro consórcio é formado pela Financial Engenharia Ambiental e pela LD Construções. O outro grupo é integrado pelas empresas Heleno Fonseca Construtora, Agricolas Construtora Monte Azul e Monte Azul Engenharia.
Os cadernos com as propostas tem perto de 400 páginas. Após a análise, o resultado vai ser divulgado no Diário Oficial.
O prédio da Prefeitura teve a segurança reforçada para a entrega das propostas e foi cercado com alambrados. Normalmente trabalham 10 seguranças no prédio e hoje o efetivo é de 60 guardas municipais.
A empresa vencedora precisa ter capital social mínimo de R$ 53,8 milhões e ficará responsável também pela coleta e tratamento do lixo hospitalar, coleta seletiva, recuperação do lixão na saída para Sidrolândia e ainda a construção de um crematório para animais de pequeno porte.
O consórcio vencedor também prevê a varrição de ruas, pintura de meio-fio, limpeza de vias após realização de feiras livre e limpeza manual de bocas de lobo. A prefeitura vai pagar por este serviço, no primeiro ano, R$ 53,8 milhões.
O edital requer 34 caminhões, exigindo veículos zero quilômetro para a coleta do lixo residencial e também 200 contêineres para o recolhimento de resíduos sólidos.
A última licitação do lixo foi realizada em 2005, quando o serviço, após 24 anos, passou da Vega Ambiental para a Financial. À época, o edital foi lançado no valor de R$ 70 milhões.
Três ações judiciais foram protocoladas para tentar barrar a abertura dos envelopes, questionando o edital licitatório.