Entre surto de dengue e novo coronavírus, Prefeitura convoca 48 médicos
Convocações do cadastro temporário contemplam médicos plantonistas e ambulatoriais
A Prefeitura de Campo Grande convocou, nesta segunda-feira (2), 48 médicos do cadastro temporário para reforçar as unidades, postos e UPAS (Unidades de Pronto Atendimento), enquanto lida com o surto de dengue e a ameaça do novo coronavírus, o Covid-19.
Foram chamados 11 médicos pediatras para regime de trabalho de 24h por semana, 13 plantonistas 24h por semana, 11 ambulatoriais para 40h de trabalho por semana, 5 médicos ambulatoriais para 48h por semana e 8 residentes para trabalharem 12h por semana. Os profissionais devem apresentar documentação nesta segunda à partir das 8h30 na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Depois de quase 6 mil casos de dengue notificados em 57 dias, a Prefeitura de Campo Grande decidiu decretar emergência. O decreto, assinado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) e publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (2), tem validade de 6 meses e tem o objetivo de viabilizar reforços para o combate a doença.
Na justificativa, a administração municipal lembra que a Capital já enfrentou epidemia de dengue no ano passado, quando mais de 39 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença –em média 106 por dia– e emergência também foi decretada.
Nos primeiros dois meses deste ano, já são 5.863 notificações –média diária de 102. A dengue também já matou quatro pessoas em Campo Grande.
Coronavírus - Em Mato Grosso do Sul, o coronavírus já provocou 13 notificações: 12 em Campo Grande e 1 em Ponta Porã. Em 4 deles o exame apresentou resultado negativo, e 2 foram confirmados para outro vírus, o de Influenza A. A secretaria estadual não divulgou as idades e sequer o gênero das pessoas que estão sob investigação.
O Ministério da Saúde monitora 207 pacientes com suspeita de infeção pelo novo coronavírus. Outros 79 casos foram descartados, conforme a Agência Brasil. Os dois casos confirmados no Brasil têm como local de infecção a Itália. Ambos são brasileiros e moram no estado de São Paulo. Os casos não possuem vínculo entre si e foram identificados em unidade de saúde privada, conforme informou o ministério.