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Capital

Escola municipal fica "ilhada" durante a chuva no bairro Santo Antonio

Angela Kempfer e Paula Vitorino | 02/03/2011 17:25
Mãe com filho no colo, volta para casa depois de pegar aluno em escola. (Foto João Garrigó).
Mãe com filho no colo, volta para casa depois de pegar aluno em escola. (Foto João Garrigó).
Aluno deixa escola de bicicleta, com água na canela. (Foto João Garrigó).
Aluno deixa escola de bicicleta, com água na canela. (Foto João Garrigó).

Bem na hora da saída dos alunos, a escola municipal Manoel Inácio de Souza

fica ilhada, imagem comum nos últimos dias de chuva, contam pais de alunos. No dia 5 de fevereiro, a escola foi inundada, o que provocou o adiamento do início das aulas.

Com água no joelho, os responsáveis enfrentam a enxurrada e a lama para pegar as crianças quando terminam as aulas, na rua Afrânio Peixoto, no bairro Santo Antonio.

Ivanisa mora a cerca de duas quadras da escola e enfrenta a chuva para não deixar as duas filhas esperando. A maior, de 9 anos, comenta que o maior medo é cair em um bueiro aberto. Crianças também deixam a escola correndo, no meio da enxurrada.

Para ajudar quem passa pelo local e evitar acidentes, moradores ficam em frente as casas gritando “cuidado com o bueiro” e apontando a localização de cada um deles, encobertos pela água durante a chuva.

Marvina mora há 16 anos no Santo Antonio e se divide entre advertir quem passa na rua e cuidar para que a água não invada sua casa. No portão, ela e o filho colocam pedras para conter o alagamento, estratégia já antiga, conta.

Aluno com água quase pela cintura. (Foto João Garrigó).
Aluno com água quase pela cintura. (Foto João Garrigó).

A diretora Ednalva do Nascimento comenta que “sempre quando chove não há o que fazer. Os pais se viram como podem”.

Para evitar que a chuva também provoque um resfriado, as mães - muitas com bebês no colo, agasalham bem os filhos e levama té cobertor para que ninguém fique muito molhado.

Um pequeno paliativo veio depois de reunião com pais, onde ficou definido que as crianças não seriam liberadas até que os pais aparecessem para pegá-las, em dias de alagamento.

Ediléia Mara Falcão confirma a dificuldade permanente. “Cansei de buscar minha filha com água no joelho. O medo maior é de doença. O problema é que a cada dia piora e uma chuvinha rápida já serve para alagar tudo”.

Pais e filho no meio da enxurrada. (Foto João Garrigó).
Pais e filho no meio da enxurrada. (Foto João Garrigó).
Mãe chega para buscar o filho de bicicleta, no Santo Antonio. (Foto João Garrigó).
Mãe chega para buscar o filho de bicicleta, no Santo Antonio. (Foto João Garrigó).
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