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Capital

Estado vai dar R$ 4,9 milhões para refazer casas na Cidade de Deus

Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e prefeito Marquinhos Trad (PSD) devem acertar convênio nos próximos dias para início das obras em áreas ocupadas por antigos moradores de favela

Rafael Ribeiro, Richelieu de Carlo e Leonardo Rocha | 27/04/2017 11:03
Azambuja e Trad durante entrega de casas populares na manhã desta quinta, no Jardim Canguru (Foto: Marcos Ermínio)
Azambuja e Trad durante entrega de casas populares na manhã desta quinta, no Jardim Canguru (Foto: Marcos Ermínio)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito Marquinhos Trad (PSD) assinam nos próximos dias convênio que acerta o repasse de R$ 4,912 milhões em verbas pelo poder estadual para a construção de 220 novas casas na favela de Cidade de Deus, região norte de Campo Grande.

Segundo anúncio feito na manhã desta quinta-feira (27), durante entrega de 272 moradias no Jardim Canguru, região sul da Capital, Azambuja afirmou que o dinheiro será usado para a compra de materiais de construção e contratação de mão de obra e maquinário.

“A construção será feita em sistema de mutirão, por isso vamos se organizar junto aos moradores”, disse Trad. Não há prazo para o início das obras.


O prefeito diz que acerta detalhes, como a contratação do engenheiros, mas que os futuros moradores podem esperar um padrão mínimo de qualidade, “As casas serão dignas, com piso, forro e conforto”, disse Azambuja.


Ainda de acordo com o governador e o prefeito, as novas casas serão construídas nas quatro áreas onde atualmente se concentram a maioria dos antigos moradores da favela que ficaram desabrigados, bairros Bom Retiro, Pedro Teruel II, Jardim Canguru e Vespasiano Martins.


Para Azambuja, o compromisso de ajuda à Prefeitura atende o objetivo do Governo Estadual em cumprir a meta de entregar 30 mil moradias até o fim da gestão, em 2018. “Até aqui já são 3.690 casas construídas em Campo Grande e mais de 12 mil no estado”, disse.


As famílias de Cidade de Deus sofrem desde março de 2016, quando a favela foi dissolvida pelo então prefeito Alcides Bernal (PP), com a promessa de que seus barracos seriam substituídos por loteamentos com casas de alvenaria, com telha e acabamento. Mas o que encontraram, na verdade foram obras incompletas.


O pacto a ser oficializado entre os poderes deverá envolver a Emha (Agência Municipal de Habitação Popular) e Agehab (Agência Estadual de Habitação).

Em declaração no início deste mês, Trad disse que os engenheiros ficarão responsáveis pela qualidade das futuras construções pelo prazo de 20 anos.

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