"Estava sufocado, quase apaguei", diz entregador agredido por agente de trânsito
O rapaz lembra que enquanto um agente de trânsito o imobilizava, outro o segurava pela blusa
Imobilizado por agente de trânsito na tarde de quinta-feira, o moto entregador Thiago Pereira dos Santos, de 30 anos, diz que sentiu muito medo e que “quase apagou” se não tivesse sido ajudado pelos populares que acompanharam a abordagem em frente ao Pátio Central, na avenida Cândido Mariano.
“Eu estava sufocado, quase apaguei. Se não fossem as pessoas lá, a notícia ia ser outra. E eu não estava com o celular quando me grudaram”, resumiu. Ele disse que sentiu medo, principalmente porque se vê com frequência casos semelhantes que não acabam bem. “Mas as pessoas quando viram eu apagando, intervieram”, agradeceu.
Afirmando ainda que a situação foi desesperadora, o entregador lembra que enquanto um agente de trânsito o imobilizava, outro o segurava pela blusa. “Não tinha nem como me defender”, disse. Ele passou por exame de corpo de delito e também foi ouvido pela ouvidoria da própria Agetran (Agência Municipal de Trânsito), onde a atuação dos servidores será averiguada.
Caso - Conforme o depoimento dos agentes no boletim de ocorrência, feito na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, eles estavam na Rua Marechal Rondon fotografando alguns veículos para localizar os donos e pedir a retirada das motos do local, já que haveria um evento da prefeitura e o local seria usado por um trio elétrico.
Nesse momento, o entregador teria aparecido e tirado o celular das mãos do agente de forma agressiva. Segundo os servidores da Agetran, o homem gritava querendo ver a foto e ameaçando os agentes.
Já Thiago alega que estacionou o veículo para retirar uma encomenda, logo depois, viu os agentes tirando fotos e perguntou o que estava acontecendo. Segundo o depoimento do entregador, o agente teria dado o mata-leão logo em seguida, sem que ele fizesse qualquer coisa além da pergunta.