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Capital

"Exagerei no meu limite", afirmou homem que matou desconhecido em conveniência

Acusado de homícidio duplamente qualificado confessa crime e alega que não teve intenção de matar

Ana Oshiro | 29/07/2022 10:49
Durante depoimento réu mostrou como briga aconteceu (Foto: Marcos Maluf)
Durante depoimento réu mostrou como briga aconteceu (Foto: Marcos Maluf)

Ângelo Vilhalva Ovando, de 30 anos, acusado de homicídio duplamente qualificado, está sendo julgado na manhã desta sexta-feira na 2ª vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Ele é acusado de ter matado Rondinelli Ramires Mercado, de 34 anos, em setembro de 2021, com excessiva dor e sofrimento, além de dificultar a defesa da vítima.

Rondinelli foi morto com nove facadas na região do tórax, abdome e pescoço, em uma conveniência na Rua Aguaracema, na Vila Santo Eugênio. A hipótese levantada pela polícia é que Ângelo esfaqueou a vítima depois de receber uma chamada de atenção por mexer com a mulher que Rondinelli estava acompanhado. Luciano, irmão de Ângelo, teria ajudado no crime segurando os braços da vítima.

Faca usada para matar Rondinelli foi apreendida no dia do crime (Foto: Marcos Maluf)
Faca usada para matar Rondinelli foi apreendida no dia do crime (Foto: Marcos Maluf)

Durante o julgamento Ângelo confessou que matou Rondinelli, mas negou que tinha uma mulher envolvida na situação. "Passei a tarde bebendo com meu irmão e minha esposa, na última conveniência que parei só com o Luciano eu fui xingado por um homem, fui falar com ele pra entender o que estava acontecendo e ele já começou a me dar capacetadas e pontapés, então peguei a faca para ver se ele se afastava", declara o réu.

Segundo Ângelo, ele apenas se defendeu e não tinha intenção de matar Rondinelli. "Ele vinha pra cima de mim e eu me defendia com a faca, quando vi ele tava no chão e eu fui embora pra casa. Estou completamente arrependido. Tenho responsabilidade, não sou de beber muito, mas nesse dia exagerei no meu limite, tomei pinga, cerveja", disse Ângelo. Na versão do réu, Luciano não teve envolvimento com a morte da vítima e foi esfaqueado sem querer, quando tentava tirar Rondinelli de cima de Ângelo.

Valdeli Marques Ramires Soares, mãe da vítima, acompanhou o julgamento de perto, acompanhada da neta, que é filha de Rondinelli, e de outro filho dela, irmão da vítima. "Espero que a justiça dos homens seja feita, porque a justiça de Deus tarda, mas não falha. Ele era um ótimo filho, um ótimo pai e meu companheiro. Ia todos os dias me visitar e ficava comigo um tempo, era meu caçula", contou Valdeli. O julgamento ainda não foi finalizado e o resultado deve ser divulgado na tarde desta sexta-feira.

Valdeli, mãe da vítima, disse que espera que justiça seja feita (Foto: Marcos Maluf)
Valdeli, mãe da vítima, disse que espera que justiça seja feita (Foto: Marcos Maluf)


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