Executado em conveniência, "Branco" já foi preso por mandar matar desafeto
Branco e o filho foram executados à queima-roupa na noite desta quarta-feira, em uma conveniência da Capital
Aparecido Donizete Martins, 63 anos, conhecido como "Branco", executado a tiros junto com o filho, Naique Matheus Sotarelo Martins, 28, no fim da tarde desta quarta-feira (25), já foi preso por mandar matar um desafeto a tiros em dezembro de 2013, conforme denúncia do MPMS (Ministério Público do Mato Grosso do Sul).
Na noite de ontem, Branco e o filho estavam sentados em frente a uma conveniência na Rua Paraisópolis, na Vila Santo Eugênio, região do Bairro Universitário, quando foram surpreendidos por dois homens de capacetes, que passaram a efetuar vários disparos. O crime foi registrado pela câmera de segurança do local.
As vítimas morreram na hora. Os atiradores chegaram a pé, mas haviam deixado uma motocicleta próxima ao local. Após cometer o crime, retornaram até a moto e acabaram se envolvendo em um acidente na fuga, o que também foi registrado por câmera de monitoramento. Os autores conseguiram fugir e são procurados pela polícia.
A reportagem apurou que Aparecido Donizete tinha registros de resistência, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, jogos de azar, tráfico de drogas e homicídio. A polícia não repassou informações se a execução dele está ligada às passagens. O filho, Naique, foi conduzido após resistir a uma abordagem da Polícia Militar na conveniência do pai, a única ocorrência registrada em nome do rapaz.
Crime - O homicídio relacionado a Aparecido Donizete, segundo a denúncia do Ministério Público, aconteceu no dia 26 de dezembro de 2013. José dos Santos, conhecido como "Zé Bodega", matou a tiros Daniel de Andrade e feriu Marcelo de Souza, em um bar na Vila Santo Eugênio. Para a investigação, Zé Bodega agiu a mando de Branco.
Em depoimento, à época dos fatos, Branco confessou que tinha uma rixa com uma vítima, que "dava trabalho e espantava clientes" de sua conveniência. Já Zé Bodega tinha rixa com a outra vítima. Então, naquela data, resolveram ir atrás dos desafetos para que José dos Santos os matasse.
Branco contou que emprestou a arma para Zé Bodega. Na sequência, foram até um bar da região, mas Branco afirma que apenas comprou uma cerveja e retornou ao veículo. "Acho que não vamos encontrar eles, larga pra lá (sic)", teria comentado com José. Em seguida, Aparecido relata que deixou Zé Bodega próximo a uma feira, antes de comprar pastel para a esposa, e depois seguiu para casa, não participando do crime.
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