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Capital

Expulso do Damha 3, “baladeiro” diz que casa não está à venda

Se não deixar casa em 20 dias, morador pode ser multado em R$ 200 mil por dia de descumprimento de decisão

Anahi Zurutuza | 01/10/2020 13:30
Briga de vizinhos no Damha 3 foi parar na Justiça (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Briga de vizinhos no Damha 3 foi parar na Justiça (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Expulso do Parque Residencial Damha 3, o empresário Aloisyo José Campelo Coutinho, de 43 anos, negou que tenha colocado a casa a venda. Depois de noticiada decisão judicial que dá 20 dias para que ele saia do condomínio, o morador desmentiu boato de que já esteja tentando se desfazer do imóvel.

O Campo Grande News tenta desde ontem (30) contato com a defesa de Aloisyo para saber se o cliente vai deixar o Damha 3 ou se advogados vão recorrer na Justiça. Mas, até o fechamento da matéria, os advogados não atenderam as ligações. No processo, ainda não houve manifestação da defesa.

O morador, que virou alvo de protestos dos vizinhos por promover em sua residência festas com som alto, respondeu a tentativa de contato da reportagem com uma frase: “minha casa nunca esteve à venda”.

A sentença do juiz José de Andrade Neto, da 14ª Vara Cível de Campo Grande, é do dia 29 de setembro, mas só foi publica na edição de hoje do Diário da Justiça. Conforme certidão inclusa hoje no processo, o prazo para que Aloisyo cumpra a decisão – e, portanto, saia de casa – começa a contar nesta sexta-feira (2).

Em caso de descumprimento, ele pode ser multado em R$ 200 mil por dia.

Abordagem policial na casa do empresário, no dia 15 de agosto; no fundo, de bermuda, Aloisyo Coutinho conversa com policiais antes de ser preso (Foto: Direto das Ruas)
Abordagem policial na casa do empresário, no dia 15 de agosto; no fundo, de bermuda, Aloisyo Coutinho conversa com policiais antes de ser preso (Foto: Direto das Ruas)

Histórico - A Associação de Moradores do Parque Residencial Damha 3 decidiu em assembleia pela expulsão do morador e foi à Justiça. A decisão de Andrade Neto veio depois que o empresário foi multado 37 vezes por perturbação do sossego e chegou a ser preso no dia 15 de agosto.

Para ganhar a liberdade naquele dia, Aloisyo pagou fiança de R$ 200 mil e o juiz Maurício Petrauski, que decidiu sobre o pedido de liberdade provisória, o proibiu de “frequentar ou promover festas, eventos e reuniões de qualquer natureza que gerem aglomeração de pessoas, inclusive eventos esportivos e campeonatos”.

No entanto, nos dias 18 e 20 deste mês, Aloisyo voltou a incomodar os vizinhos com festas, o que fez com que os moradores reforçassem o pedido judicial de expulsão do morador.

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