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Capital

Falso engenheiro que matou francês a marteladas no RJ é preso em Campo Grande

Alessandro, Thiago Mariano e Tawan Matheus entraram no imóvel da vítima, a torturaram e levaram pertences

Dayene Paz e Bruna Marques | 23/12/2022 08:02
Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos, morto após tortura. (Foto: Divulgação)
Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos, morto após tortura. (Foto: Divulgação)

Policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) prenderam Alessandro de Azevedo Monteiro, na madrugada desta sexta-feira (23), em um pensionato na região central de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ele era procurado por torturar e matar com marteladas o francês Rodolphe Jean-Claude Maurice, 25 anos, no Rio de Janeiro.

Checando uma informação e diante do mandado de prisão expedido no dia 6 de outubro pela Justiça do Rio, o GOI fez batida em um pensionato da Avenida Mato Grosso, onde Alessandro foi localizado. Um funcionário contou que ele estava morando no local.

No quarto, Alessandro não resistiu à prisão e ainda afirmou que "já esperava a polícia". Ele foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro de Campo Grande.

Viatura do GOI na delegacia de Polícia Civil da Capital. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Viatura do GOI na delegacia de Polícia Civil da Capital. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O pedagogo e empresário francês Rodolphe Jean-Claude Maurice foi torturado com marteladas e morto dentro de uma casa que ele comprou para reformar e transformar em pousada na zona oeste do Rio de Janeiro. A polícia, quando o corpo foi encontrado no dia 28 de agosto deste ano, apurava latrocínio - roubo seguido de morte - contudo, a violência empregada no crime chamou a atenção.

Jean-Claude foi torturado e sofreu "intenso sofrimento físico" por três homens, sendo eles: Alessandro, Thiago Mariano dos Santos - preso nesta semana - e o pedreiro Tawan Matheus Barros Virgolino, este último ainda procurado pela polícia. Jean foi agredido com um martelo, que chegou a quebrar.

Alessandro, Thiago e Tawan, em foto divulgada pela polícia. (Foto: Divulgação)
Alessandro, Thiago e Tawan, em foto divulgada pela polícia. (Foto: Divulgação)

Diante da tortura, a polícia descobriu que a vítima havia se desentendido com um homem que contratou para fazer a reforma do imóvel. Alessandro se passou por engenheiro após um anúncio e procurou Rodolphe. Eles assinaram contrato no dia 20 de julho no valor de R$ 180 mil e a vítima pagou um terço acertado, de R$ 60 mil.

A partir de então, eles começaram a ter divergência, pois Alessandro parou de prestar o serviço. Rodolphe descobriu que Alessandro não era engenheiro e já tinha ficha criminal, decidindo que iria entrar com uma ação contra ele. Foi quando Alessandro decidiu matá-lo.

No dia 27 de agosto, o trio foi até o imóvel, onde amarram a vítima e a agrediram com marteladas. Eles fugiram do local levando um aparelho iPhone 11 ProMax, um Playstation 5 e um MacBook, que foram vendidos a receptadores na manhã seguinte. A polícia conseguiu identificar os receptadores e recuperou todos os bens.

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