Família ganha site para receber doações e comprar medicamento de Filipe
Outro problema enfrentado pela família está perto da solução. Na segunda-feira deve ser finalizado o tramite para importação do medicamento
A doação não veio em dinheiro, mas vai facilitar a chegada de recursos para a família do menino Filipe Wolff, de 3 anos. Uma empresa de Campo Grande desenvolveu gratuitamente o site www.ajudefilipe.com.br que receberá cotas via pagamento digital, com a possibilidade, inclusive, de uso de cartão de crédito.
São necessários R$ 142 mil para compra de 30 doses de medicamento importado dos Estados Unidos. Até agora, a família já conseguiu doação de R$ 50 mil do empresário Antônio Moraes, outros R$ 1,7 mil vieram via site e 7 mil foram depositados em conta criada para garantir a sobrevivência do menino.
O pai de Filipe, Guilherme Ribeiro Wolff, diz estar muito surpreso e feliz com tamanho apoio. Ele diz que depois da divulgação do caso recebeu muitas mensagens de carinho que fortalecem os pais psicologicamente para enfrentar a doença.
“Não imaginávamos tanta solidariedade e carinho do povo brasileiro. Deus abençoe a todos que tem nos ajudado e orado”
O site dá maior transparência à campanha, lembra Guilherme, com contador que mostra a quantia já doada. No site, também estão vídeos e fotos de Filipe, menino que aos 3 anos sofre de uma doença rara, semelhante ao câncer.
Outro problema enfrentado pela família está perto da solução. Na segunda-feira deve ser finalizado o tramite para importação do medicamento e então começa correr prazo de, no máximo, 10 dias para que a droga chegue ao Brasil.
Filipe tem histiocitiose de células Langer Hans, doença que afeta vários órgãos e precisa das doações para compra das doses e início do tratamento.
O tradicional da doença é oncológico, por meio da quimioterapia, que não tem surtido efeito em Filipe. Os pais do garoto descobriram que, nos Estados Unidos, o medicamento originalmente desenvolvido para tratar leucemia, está sendo usado para a histiocitiose, com relatos de cura.
O casal chegou a tentar na Justiça o fornecimento pelo Estado, o que foi negado. Cada dose do medicamento custa R$ 5 mil e o tratamento prevê 30 doses.