Familiares de Brunão e do réu por assassinato protestam no Fórum
Brunão, que na época tinha de 23 anos, morreu após ser agredido, na madrugada do dia 19 de março de 2011
Tanto familiares e amigos do réu Cristhiano Luna de Almeida, 29 anos, que está sendo julgado nesta sexta-feira (24), quanto do segurança Jéferson Bruno Escobar, o Brunão, protestaram em frente ao Fórum de Campo Grande. O crime aconteceu há pouco mais de seis anos, na boate Valley. Brunão, que na ocasião era segurança da casa noturna, foi morto após ser agredido por Cristhiano.
Vestidos com camisetas pretas pedindo por Justiça, a maioria dos familiares de Brunão chegou às 4h em frente ao Fórum, que fica na Rua da Paz. “Não consegui dormir e nem comer. Estou nervosa. Ansiosa”, desabafa a advogada Mayara Cardoso, 29 anos, prima da vítima. Emocionada, Mayara relata que sempre foi próxima de Brunão, mas que os dois se afastaram pouco antes do primo morrer.
Conforme a mãe de Bruno, Ediselma Gomes Vieira, a turma de Crhistiano provocou a família depois que tentaram afixar cartazes na grade do Fórum, um deles com os dizeres: “Foi fatalidade! Estamos com você, Cris. Justiça não é vingança”. Eles, que estão vestidos de camiseta azul, só tiraram a faixa, segundo Ediselma, depois que foram advertidos por um policial. O júri começou às 8h15 e deve terminar no período da tarde.
Quanto a camiseta, Fernando Luna, tio de Cristhiano, explica que amigos e parentes do sobrinho querem marcar presença. “Estamos aqui para deixar claro que o Cristhiano não é assassino como tem se propagado por ai. Ele é um jovem que tem família”, se limitou a dizer. Segundo Fernando, a família prefere comentar sobre o caso após o julgamento.
Caso - Brunão, que na época tinha de 23 anos, morreu na madrugada do dia 19 de março de 2011. Ele era segurança de um bar localizado na avenida Afonso Pena. Cristhiano se envolveu em confusão no interior da casa e foi retirado por Brunão e colegas.
Já na calçada do local, Cristhiano desferiu golpes no segurança, o que ocasionou a morte da vítima. O réu é bacharel em Direito, praticava jiu-jitsu, mas atualmente atuava como confeiteiro. De início, o rapaz foi autuado por lesão corporal seguida de morte, no entanto, no decorrer das investigações a Polícia Civil verificou que ele teve intenção de matar e o indiciou por homicídio doloso.