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Capital

Familiares de Giovanna acusam jovem de fazer 'teatro' para ficar impune

Helton Verão e Graziela Rezende | 22/01/2014 18:13
Tia e primos estão na Deam fazendo plantão para 'coibir' manobras de Matheus e advogado (Foto: Marcos Ermínio)
Tia e primos estão na Deam fazendo plantão para 'coibir' manobras de Matheus e advogado (Foto: Marcos Ermínio)

Os familiares de Giovanna Nunes Tressi de Oliveira, 18 anos, estão na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para protestar e pedir justiça sobre o caso da suposta agressão contra a garota na noite do réveillon. Eles alegam que o namorado, Matheus Georges Zadra Tannous, 19, sua família e advogado estão promovendo uma encenação para o garoto escapar da prisão e ser tratado como ‘louco’ e ‘drogado’.

O primo, Allan Andrade, 17, um dos possíveis pivôs do desentendimento de Matheus e Giovanna, outro primo e mais uma tia, ambos advogados, fazem plantão no local. Fernando Luiz, 22 anos, conta que Giovanna morou por muito tempo ao lado do escritório de advocacia onde ele estagiava, e que conviveu muito com ambos.

Ele revela que a família nunca gostou da história de Matheus ficar dormindo com a prima. “Nós estamos aqui para que a polícia, o Ministério Público e o Judiciário, vejam a cena que o Matheus e seus assessorados estão armando para que ele seja inocentado ou tratado como louco”, avisa Fernando.

Luiz ainda conta que a família conta com vários parentes advogados e que todos estão analisando a situação da Giovanna. “Estão querendo fazer uma descaracterização da verdade”, ressalta Fernando.

A tia, também advogada, Luciana Machado de Oliveira, 46 anos, pede a prisão imediata do jovem e que a Deam não pode colher outro depoimento, já que ele prestou depoimento a primeira vez. Na concepção da advogada, Matheus e seus advogados pretendem uma segunda versão dos fatos. “Desde a manhã desta quarta-feira está dentro da delegacia, estão querendo ganhar tempo para que ele consiga o habeas corpus”, avalia.

Allan lembra que nos desentendimentos com Matheus, avisou-lhe para não agredir a jovem, prevendo que o pior poderia acontecer. “Avisei para não relar a mão na Giovanna. E mesmo assim ele fez isso. Queremos justiça e agilidade nesse processo”, pede o primo.

Acusado de agredir a namorada Giovanna Nunes Tressi de Oliveira, 18 anos, na noite de réveillon, Matheus Georges Zadra Tannous, 19, ficou calado e não respondeu às perguntas da Polícia na primeira tentativa de depoimento. Ele está desde às 12h na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), na Capital.

O jovem, que teve a prisão preventiva decretada no dia 8 de janeiro deste ano, foi preso na madrugada de hoje no Hospital Nosso Lar, na Vila Planalto.

Segundo a titular da Deam, delegada Rosely Molina, o jovem está preso e será encaminhado para uma das celas da 4ª Delegacia de Polícia, no Conjunto Moreninhas, na saída para São Paulo. Antes, ele vai passar por exame de corpo delito.

Matheus está num canto da delegacia e não quer falar sobre as acusações de que agrediu a namorada.

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