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Capital

Suspeito de agredir namorada continua foragido; nem pai sabe onde ele está

Bruno Chaves | 10/01/2014 15:31
Jovem no dia em que prestou depoimento na delegacia e saiu sem falar com a imprensa (Foto: Cleber Gellio)
Jovem no dia em que prestou depoimento na delegacia e saiu sem falar com a imprensa (Foto: Cleber Gellio)

Matheus Georges Zadra Tannous, 19 anos, suspeito de agredir a namorada Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, 18, no apartamento do casal, em Campo Grande, na noite do réveillon, continua foragido. Nem os pais do jovem sabem onde ele está. O mandado de prisão contra Matheus foi representado pelo MPE (Ministério Público Estadual) no dia 8 de janeiro.

De acordo com o comandante da Tropa de Choque da Polícia Militar, Marcos Paulo Gimenez, que ajudou nas buscas ao suspeito, nem a família de Matheus sabe onde encontrar o jovem. “Ele foi procurado no endereço que forneceu e na casa do pai e da mãe. Eles falam que não sabem onde o rapaz está”, afirma.

Tanto a Polícia Militar, quanto a Polícia Civil, estão na busca pelo suspeito desde a quarta-feira (8). O primeiro local de buscas foi o endereço Rua Pimenta Bueno, bairro Amambaí, fornecido pelo jovem. Os policiais também procuraram Matheus na Rua São Paulo, no apartamento onde ele morava, e na Rua Pernambuco, clínica e residência do pai dele.

Mandado de prisão – O mandado de prisão, segundo o major, tem validade de oito anos. Matheus pode ser preso por qualquer autoridade policial que o flagrar em qualquer lugar. Segundo a assessoria da Polícia Civil, até policiais federais podem prender o garoto, caso ele seja reconhecido e até encontrado em outro estado.

A prisão preventiva de Matheus foi requerida pelo MPE por meio das Promotorias de Justiça da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O pedido foi feito depois que familiares de Giovanna procuraram o órgão no dia 7 de janeiro. Eles levaram laudos médicos da Santa Casa e fotografias da vítima.

“As Promotorias de Justiça com atuação na Lei Maria da Penha entenderam haver elementos suficientes para pedido de prisão preventiva e sua decretação”, explica nota divulgada pelas Promotorias de Justiça da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Defesa – O advogado de defesa de Matheus, Armando Garcia, entrou com pedido de Habeas Corpus no mesmo dia em que a prisão foi decretada. Mesmo alegando que o jovem colaborou com as investigações, o pedido de liminar foi negado.

“Matheus não representa nenhuma ameaça para Giovanna e não há nenhum elemento que comprove a denúncia. Ele colaborou com as investigações, fez o exame de corpo de delito e, com todo o alarde, poderá sofrer danos sem motivos na prisão”, afirma.

O suspeito prestou depoimento na tarde da terça-feira (7). Por mais de 3 horas, na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ele conversou com a delegada Rosely Molina, responsável pelas investigações. O jovem negou envolvimento no crime, qualificando os hematomas da suposta vítima proveniente de tombos no apartamento do casal.

O caso – Giovanna foi internada na madrugada do dia 1º de janeiro, com quatro fraturas no rosto, duas no maxilar e duas abaixo do olho direito, sendo que passou por cirurgia e está estável. A mãe da jovem acredita que ela tenha sido agredida pelo namorado. A vítima permanece sob cuidados médicos na enfermaria do hospital.

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