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Capital

Familiares e amigos de Gabrielly fazem passeata pedindo paz e justiça

A caminhada começou na igreja que a menina frequentava e foi até a frente da escola em que ela estudava

Bruna Pasche | 06/01/2019 11:49
Amigos e familiares se encontraram em frente a igreja e caminharam com cartazes e carro de som até a escola onde Gabrielly estudava. (Foto: Bruna Pasche)
Amigos e familiares se encontraram em frente a igreja e caminharam com cartazes e carro de som até a escola onde Gabrielly estudava. (Foto: Bruna Pasche)

“O intuito é a paz e a justiça. Que seja a primeira e última vez e que os responsáveis paguem pela morte da minha filha”, esse é o discurso do pai de Gabrielly Ximenes de Souza de 10 anos, durante uma passeata organizada pela família e amigos da criança na manhã deste domingo (6), no bairro Nova Lima. A criança teve a vida interrompida depois de ser agredida na saída da Escola Estadual Lino Villachá, onde estudava no bairro.

A passeata começou às 10h e durou uma hora. Cerca de 60 pessoas acompanharam os pais e saíram da frente da igreja que a família frequentava até a frente da escola onde Gabrielly estudava, onde encerraram o ato. Muito emocionados, carregando cartazes e ao som do louvor preferido de Gabrielly, a família pede que o caso seja solucionado e que seja o único caso.

“Se for preciso sair do meu serviço para buscar justiça, eu saio. Vou lutar até o último dia da minha vida, porque estamos sofrendo sozinhos. Me pergunto todos os dias o que levou essas meninas a fazerem isso com minha filha e sei que nunca vou ter a resposta o que aconteceu não tem cabimento”, disse.

Revoltada, a tia cobra que alguém seja indiciado e diz que estão sendo injustiçados. “Eles estão com medida protetiva, passaram por psicólogo e receberam apoio de todo mundo e nós estamos esquecidos como se fossemos os assassinos, ninguém deles vieram até a nossa porta para prestar solidariedade”, pontou Clarice Costa de Souza, que divulgou a passeata.

Sem conseguir falar, a mãe de Gabrielly, Beatriz Ximenes disse apenas que o último mês foi o mais difícil de sua vida. “Não tenho mais o abraço, o carinho dela, não a vejo mais brincando com as irmãs”, concluiu.

 

Família acredita que as agressões tenham começado como bullying. (Bruna Pasche)
Família acredita que as agressões tenham começado como bullying. (Bruna Pasche)

Michelle Ximenes, irmã mais velha da menina e que estuda no mesmo colégio contou que as estudantes suspeitas de terem agredido Gabrielly foram transferidas da escola e que em um ano que estuda lá, nunca tinha visto ou percebido algo de errado. “Apesar de estudar em outro turno, eu nunca fiquei sabendo de nada de diferente sobre ela ou as meninas. Ela era uma menina doce, carismática, carinhosa, não tinha motivo e nós só queremos justiça porque se aconteceu com ela pode acontecer com outra pessoa”.

A passeata foi encerrada com uma oração, agradecimentos e promessas dos pais por busca de justiça.

Caso- Gabrielly foi agredida fora da escola onde estudava por uma menina de nove anos no último dia 29 de dezembro. A menina contou à polícia que a briga começou ainda na escola. Uma xingou a mãe da outra. Quando acabou a aula, as duas seguiam pela a rua quando se desentenderam novamente e uma puxou o cabelo da outra.

A colega, então, usou a mochila para agredir a vítima. Foram três golpes, de acordo com o relato da criança e das testemunhas. Após prestar depoimento, a delegada Fernanda Feliz, a primeira a investigar o caso, chegou a falar que seria investigada se uma doença pré-existente teria provocado a morte. Pelo histórico médico da criança, isso já foi descartado.

Ao contrário do depoimento, a família de Gabrielly afirmou que a confusão envolveu outras duas adolescentes. O que se sabe de fato é que após as agressões, a menina caiu, sentiu dores muito fortes no quadril, teve ajuda de um rapaz na rua, foi andando para uma marquise, pois chovia na hora, onde aguardou “deitadinha” o socorro do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).

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