Filhos confirmam que suspeita de matar marido reagiu a agressões
Zenilda Batista da Silva, 39, suspeita de assassinar o marido, Ogremar Teodoro, 55, a tiros, na noite desse domingo (20), em uma carvoaria em Campo Grande, teria abandonado a casa onde morava há um mês por não suportar mais violência do esposo, afirmaram testemunhas durante velório de Ogremar, no início da tarde desta segunda-feira (21).
As agressões à mulher foram confirmadas por dois dos oito filhos do casal. Segundo os relatos dos jovens, de 17 e 20 anos, Ogremar bebia aos fins de semana, discutia e batia na esposa.
O adolescente contou que viu a mãe e pai pela última vez no sábado. Na ocasião, disse aparentemente ambos estavam bem.
Porém, o irmão de Ogremar, o mestre de obras Romero Teodoro, 43, disse que o casal, juntos há 28 anos, discutia, mas era “briga normal de casal”, e que não havia agressões físicas contra a mulher. Ele descreveu o irmão como um “cara tranquilo”.
Romero disse ainda que um dos filhos do casal está acobertando a fuga da mãe, que pode estar na fazenda onde fica a carvoaria, ou em casa de parentes em Guia Lopes da Laguna.
Os filhos do dono da carvoaria onde Ogremar trabalhava, que pediram para não ser identificados, disseram ter ouvido comentários de que havia brigas entre Zenilda e Ogremar, e que há um mês eles teriam se separado e ela ido para a casa da mãe. Porém, segundo as testemunhas, Ogremar foi atrás dela e teria a convencido a retornar para a casa.
A mãe de Ogremar, identificada como Eva, 78, ficou muito abalada com a notícia da morte do filho e chegou a passar mal durante o velório do filho. A mulher, que teve 10 filhos, perdeu quatro deles, sendo um em atropelamento na Rua Albert Sabin, em Campo Grande, há menos de dois anos.
O velório de Ogremar Teorodo acontece na Pax Canaã, no Bairro Guanandi. O sepultamento vai acontecer, nessa terça-feira, às 9 horas, no Cemitério Santo Amaro.