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Capital

Filial da Eldorado em Ribas do Rio Pardo foi o alvo da PF em operação

Rafael Ribeiro | 08/03/2017 09:49
Documentos apreendidos seriam encaminhados à sede da PF em Campo Grande (Foto: Marcus Moura)
Documentos apreendidos seriam encaminhados à sede da PF em Campo Grande (Foto: Marcus Moura)

Uma filial da Eldorado Celulose em Ribas do Rio Pardo, a 103 km de Campo Grande, foi o alvo dos dois mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (8), na segunda fase da Operação Greenfield, que apura um esquema de cooptação de testemunhas.

A suspeita é que um contrato de R$ 190 milhões entre os irmãos Joesley e Wesley Batista, da Eldorado Celulose, do grupo J&F, que também administra a JBS, tenha sido empregado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações de interesse da investigação.

A PF apura que o contrato de fornecimento de massa florestal de eucalipto para produção de celulose seja apenas uma forma de recompensar o silêncio de um ex-sócio que poderia auxiliar a investigação.


Além dos documentos apreendidos no Estado, agentes também cumpriram um mandado de busca apreensão na sede da empresa, em São Paulo (SP), outros três em Andradina (SP), cidade onde também foi efetuado um mandado de prisão preventiva.


Segundo apurou o Campo Grande News, a subsede da empresa em Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande, também deverá ser alvo de ações nos próximos dias.


Deflagrada em novembro do ano passado, a operação é uma investigação conjunta com o Ministério Público Federal de supostos prejuízos acumulados de até R$ 50 bilhões nos maiores fundos de pensão de estatais do País. Na ocasião, a suspeita é que os grupos adquiriram cotas em oito fundos de investimentos por valores superfaturados.


Os principais alvos da Operação Greenfield, na ocasião, foram Funcef (dos funcionários da Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios).


Um total de 38 empresas foram investigadas pela Greenfield, segundo a PF. Entre elas as construtoras Engevix, OAS e WTorre, a IBG Eletrônica (nova Gradiente), a Sete Brasil, a GruPar (aeroporto de Guarulhos), o Santander, o Bradesco, a Invepar, um braço da OAS, e a empresa de auditoria e consultoria Deloitte Touche Tohmatsu.


Os mandados judiciais foram determinação do juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no DF. A Polícia Federal disse que fornecerá mais informações no decorrer do dia.

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