Flurona aumenta temor em quem vai viajar e 23 testam positivo no Aeroporto
Quem passa pelo local pode também ser vacinado, tanto contra a covid quanto contra a influenza
A ameaça de dupla contaminação está elevando o medo dos passageiros de avião, e mesmo vacinados, quem vai a passeio ou a trabalho para outros estados, teme ser mais uma vítima da covid-19 ou da gripe H3N2.
E o temor se justifica, já que em quase um mês de testes sendo realizados no Aeroporto Internacional de Campo Grande, 23 pessoas foram detectadas com covid-19, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Os testes são feitos apenas em quem manifesta sintomas e, ao todo, 134 foram realizados, tanto em passageiros quanto em quem foi até lá apenas para fazer o exame.
Na barreira sanitária montada pela prefeitura, quem passa pelo aeroporto pode também ser vacinado, tanto contra a covid quanto contra a influenza. Montada em 8 de dezembro do ano passado, na barreira, 2.363 doses de vacina contra o novo coronavírus foram aplicadas. Contra a gripe, já foram 1.203.
“Cabe esclarecer que o objetivo das barreiras é ofertar vacinas e testes a pessoas que venham de fora e moradores de Campo Grande, que eventualmente, estejam em deslocamento”, enfatiza a Sesau, em nota.
Rumo a Curitiba (PR) com o pai, a professora Gilmara Joslin, 48 anos, tem à mão o comprovante de vacinação, álcool em gel e máscara facial. Para ela, o medo de ser infectada existe, principalmente, devido às variantes – Ômicron, da covid e Darwin, da H3N2 – e que, por isso, não deixa nenhum cuidado de lado.
“Eu não estava com tanto medo, mas com esse aumento de casos e, agora, a gripe, a gente precisa se cuidar”, afirma, mas ressalta que “vamos ter que aprender a conviver com isso”, comentou.
Rita de Cássia e o sobrinho Rodrigo vão para o Rio de Janeiro (RJ) e afirmam que estão com as doses de vacinas contra a covid em dia. Com 55 e 13 anos, respectivamente, eles afirmam que é a primeira vez que viajam nesse período de pandemia e que se sentem mais seguros imunizados.
“Agora, com a influenza então, é álcool em gel dos pés à cabeça. E claro, a vacina nos deixa mais seguros, digamos assim, 85%, porque nada é 100%”, ressaltou Rita, lembrando que “medo sempre existe”.
Chegando de João Pessoa (PB), Talita Lima, 29, e Thiago Ovelar, 39, procuraram a sala de vacinação da barreira sanitária para garantirem a dose que faltava da vacina contra covid. Para eles, apesar dos cuidados pessoais e da vacina disponibilizada, mais testes deveriam ser ofertados.
“Não temos sintomas, então, disseram que a gente não poderia fazer o teste. Mas chegamos de viagem agora e o certo era que fizessem o teste, com a maioria que chega também”, avaliou Talita.