Capital espera vacinas para imunizar 90 mil crianças, mas só 8% têm cadastro
Ministério deve encaminhar doses da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos a partir de 13 de janeiro
Campo Grande espera o envio de doses do Ministério da Saúde para iniciar vacinação de crianças, de cinco a 11 anos, contra a covid-19. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), a estimativa é de que haja 90 mil nesta faixa etária na Capital.
A pasta informou ao Campo Grande News que o município aguarda o envio das vacinas adquiridas pela União para dar início ao processo de imunização. Além disso, até o momento, há 7.798 pessoas deste grupo cadastradas no sistema, cerca de 8,6%. O registro é feito por meio do site da prefeitura e serve para agilizar o processo de aplicação.
De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), elas têm de estar acompanhadas de pais ou responsáveis ou com uma autorização por escrito. Em Mato Grosso do Sul, há cerca de 291,8 mil crianças estarão aptas a se vacinar.
O Ministério da Saúde permitiu a vacinação de crianças de cinco a 11 anos nesta quarta-feira (6) e a previsão é de que as doses sejam aplicadas a partir da segunda quinzena de janeiro.
Isto porque, conforme a pasta, a previsão é de que a primeira remessa de vacinas chegue em 13 de janeiro com 1,2 milhão de doses para todo o País. Em seguida, cerca de 3,7 milhões de doses devem chegar até o final do mês. A expectativa é de que seja iniciado em tempo parecido nos outros municípios do Estado, mas cada secretaria define o próprio calendário.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já havia permitido o uso de doses da Pfizer, com dosagem diferente da usada em adultos, há 20 dias. Portanto, é necessário novo carregamento de imunizantes, que ainda não chegou.
No entanto, o Ministério queria resultado de uma consulta pública para inclusão desta faixa etária no grupo de indivíduos aptos a tomar a vacina. Vale lembrar que em nenhum outro momento houve tal procedimento para ampliação do cronograma vacinal.
O questionamento feito à população constatou que a maioria aprova a imunização de crianças, sem a necessidade de prescrição médica.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, queria que a vacinação fosse feita apenas naqueles que tivessem em mãos um pedido feito por um médico.
Os secretários estaduais de Saúde, incluindo o do Estado, Geraldo Resende, se posicionaram contrariamente a esta exigência, já que o entendimento é de que isso dificultaria a proteção de crianças contra o coronavírus.
Assim como toda a campanha, o critério populacional será determinante para definir a divisão dos quantitativos. Espera-se também que as crianças indígenas, quilombolas, com comorbidades e deficiência permaneçam priorizadas, inicialmente.
Atualmente, crianças e adolescentes de 12 a 17 anos já recebem vacinas da Pfizer, mas com dosagem semelhante a de adultos.