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Capital

Foragido, filho do Rei da Fronteira fica livre de júri por execução de policial

Juiz apontou fragilidade de provas de que Flavinho ordenou morte para vingar irmão

Aline dos Santos | 06/02/2023 07:29
Veículo conduzido por Ilson Figueiredo foi fuzilado em 11 de junho de 2018. (Foto: Saul Schramm/Arquivo)
Veículo conduzido por Ilson Figueiredo foi fuzilado em 11 de junho de 2018. (Foto: Saul Schramm/Arquivo)

Foragido desde junho de 2020 na operação Omertà, Flávio Correia Jamil Georges, o Flavinho, 36 anos, está livre de ir a júri popular pelo homicídio de Ilson Martins Figueiredo, policial militar reformado que foi executado em 11 de junho de 2018, em Campo Grande. Flávio é filho de Fahd Jamil, conhecido como "Rei da Fronteira" e que está preso.

A decisão é do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos. “Em suma, não há indícios suficientes para inferir que Flávio Georges participou do assassinato de Ilson, salvo conjeturas ou ilações”, aponta o magistrado, destacando a fragilidade das provas.

As investigações da Polícia Civil apontaram que Ilson teria sido morto por vingança pelo suposto envolvimento no desaparecimento e morte de Daniel Alvarez George, filho do Rei da Fronteira, em 2011. Flávio foi apontado como um dos mandantes.

O juiz destaca que não houve confissão do acusado (que segue foragido); não há delação própria, nem de outros coacusados e muito menos premiada; os executores não foram identificados conforme expresso na denúncia; e que não foram buscados outros meio de provas.

Flavio Correa Jamil Georges está foragido desde junho de 2020. (Foto: Reprodução de processo)
Flavio Correa Jamil Georges está foragido desde junho de 2020. (Foto: Reprodução de processo)

“Não foram buscados outros meios de provas como por exemplo a infiltração também conhecida como incursão, mormente se sustentado como duas grandes organizações criminosas, uma de Campo Grande e a outra de Ponta Porã,MS, se alinharam, o que justificaria com maior razão a medida e justamente para isto foi aprovada a lei acima permitindo aos agentes descortinarem autores, executores, mandantes, partícipes, etc, aliás crimes de homicídio, em tese, prescrevem em 20 anos, portanto, muito tempo para investigar com sucesso”, afirma o magistrado.

Gerente de Segurança e Polícia Legislativa da Assembleia, Ilson foi morto na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. Foram ao menos 45 tiros de fuzil, calibres 762 e 556, na porta do Kia Sportage conduzido por ele. O carro bateu em um muro e a vítima morreu no local.

Na semana passada, por unanimidade, o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) confirmou a decisão que livra Fahd Jamil (conhecido como o Rei da Fronteira), Jamil Name Filho e o ex-guarda municipal Marcelo Rios de irem a júri popular pela execução.

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