“Foram 5 minutos de papo e o susto”, narra sobrevivente de atropelamento
Antônio dos Santos, 57, estava conversando com o irmão e primos em calçada quando os 4 foram atropelados
Por pouco, o pior não aconteceu ao pedreiro Antônio Araújo dos Santos, de 57 anos, o irmão dele e dois primos que se encontraram numa das calçadas da tarde deste domingo (8) e foram atropelados. “Foram 5 minutos de papo e já veio o susto”, relata.
Ele afirma que não se lembra direito do que aconteceu e não viu o Xsara Picasso preto desgovernado na direção deles porque estava de costas no cruzamento ruas Cristaldo com Romeu Mendes Bandeira da Silva, no Jardim Presidente, em Campo Grande. O pedreiro conta que havia saído de casa a caminho da igreja quando se encontrou com os parentes.
“Saiu trompando e levado tudo que vem pela frente. Só lembro do carro passando e no mesmo segundo, todo mundo gritando de dor”.
Antônio Araújo não precisou de internação, mas terá de ficar alguns dias afastado do trabalho porque teve escoriações e não consegue colocar um dos pés no chão. A esposa dele, que trabalha como cuidadora de idosos, é quem vai segurar as pontas.
O acidente - Joseph Vieira Rezende Monteiro, de 24 anos, se apresentou à polícia no fim desta manhã (9). Ele é acusado de atropelar os quatro homens, de 51, 57, 62 e 64 anos.
Nas imagens, enviadas ao Campo Grande News, é possível ver, de longe, e ouvir o momento da pancada. O veículo Citroën Xsara Picasso está na Rua Cristaldo, em direção ao Centro, quando sobe na calçada e atropela os quatro homens.
O idoso de 64 anos teve politraumatismo no joelho esquerdo. Segundo a Santa Casa, ele aguarda realização de procedimento cirúrgico para correção de lesão. Está consciente, orientado e estável. Já o idoso de 62 anos também teve politraumatismo. Ele está orientado, consciente, passou por exames de imagem e aguarda avaliação da ortopedia.
Nesta tarde, Joseph prestou depoimento por cerca de 30 minutos na 2ª Delegacia de Polícia, no Bairro Monte Castelo. Ele saiu sozinho em uma motocicleta e não quis falar com a imprensa.
À polícia, ele afirmou que como estava em uma baixada, não viu as pessoas e acabou atropelando-as. Afirmou ainda que diminuiu a velocidade, mas não parou por medo de ser agredido. Negou ter ingerido bebida alcoólica e disse que se compromete a apresentar seu carro, que está em casa.