ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  02    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Casos de hepatite A já somam 56 em 2025, mesmo com vacinação ampliada

Capital ficou cinco anos, entre 2018 e 2023, sem nenhum registro da doença

Por Lucia Morel | 01/04/2025 16:05
Casos de hepatite A já somam 56 em 2025, mesmo com vacinação ampliada
Em vermelho, casos de hepatite A registrados este ano. (Foto: Reprodução)

Com 56 casos registrados de hepatite A até o fim de fevereiro em Campo Grande, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul acompanha a situação, já que ao invés de diminuírem, depois de aumento expressivo em 2024, as ocorrências da doença continuam crescendo.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Campo Grande enfrenta um aumento preocupante nos casos de hepatite A, com 56 registros até fevereiro de 2024, após cinco anos sem ocorrências. A maioria dos infectados são homens de 20 a 39 anos. A doença, transmitida por condições precárias de higiene e água contaminada, não resultou em mortes ou transplantes, mas preocupa autoridades. A Secretaria de Saúde realiza ações como análise de água e vacinação de contatos próximos, mas os casos continuam a crescer. O Ministério Público acompanha a situação, buscando uma redução consistente nos casos para controlar a transmissão.

Apesar de não terem havido mortes ou necessidade de transplantes de fígado, a quantidade de casos de hepatite A surpreende porque a Capital ficou cinco anos, entre 2018 e 2023, sem nenhum caso da doença.

Em todo ano passado ocorreram 165 casos no município e até o fim do mês passado já eram 56. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a maioria dos casos é de homens de 20 a 39 anos. O alerta ocorre também porque a origem de infecção viral é por condições precárias de higiene, água contaminada ou contato sexual.

Em 2024 já foram realizadas várias ações para conter o avanço da doença, com análise da água nas residências das pessoas infectadas e vizinhos próximos e sem identificação do vírus da hepatite A. Conforme a Sesau, foi realizado também o bloqueio vacinal, com a imunização de contatos próximos às pessoas infectadas e de população vulnerável ou imunossuprimidas.

Mesmo assim, os casos vêm aumentando e segundo o procedimento administrativo, assinado pelo Promotor de Justiça e titular da 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Marcos Roberto Dietz, há a necessidade de “acompanhar a perspectiva de redução dos casos nos próximos meses com base nos dados de monitoramento e ações em execução.”

Com base nisso, a Secretaria de Saúde já informou ao MP que “considerando os dados de monitoramento e as ações em execução, só teremos uma perspectiva de redução dos casos de hepatite A quando o número de casos novos diminuir significativamente pelo menos por 4 a 6 semanas consecutivas, indicando que a transmissão do patógeno está sendo controlada”, entretanto, isso ainda não ocorreu.

Sintomas - Os sintomas se iniciam de forma inespecífica com náuseas, vômitos, diarreia ou, raramente, constipação, febre baixa, cefaleia, mal-estar, fadiga, aversão ao paladar e/ou ao olfato, mialgia e fotofobia. Passada essa fase inicial, observa-se icterícia, aumento do tamanho do fígado e, em geral, diminuição dos sintomas com posterior recuperação clínica. Alguns pacientes podem persistir com fraqueza e cansaço por vários meses.

Já os sinais de alarme são caracterizados por: sangramentos de pele e mucosas, edema, sinais de encefalopatia hepática (rebaixamento nível de consciência, sonolência ou irritabilidade, inversão do ciclo sono/vigília, tremor em mãos, convulsão e outras alterações neurológicas.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias