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Capital

Prefeitura alerta para surto de Hepatite A, depois de 60 casos em Campo Grande

Surto de hepatite A expõe fragilidade no controle da doença e Secretaria de Saúde reforça ações de prevenção

Por Ângela Kempfer | 25/10/2024 10:36
Secretaria de Saúde alerta que há vacina contra a doença. (Foto: Arquivo)
Secretaria de Saúde alerta que há vacina contra a doença. (Foto: Arquivo)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu um alerta sobre o aumento expressivo nos casos de hepatite A em Campo Grande neste ano. Até o momento, foram registrados 60 casos em 2024, o lado positivo é que nenhum levou à morte. Em contraste, no ano passado a cidade não contabilizou nenhum caso da doença.

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A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande emitiu um alerta sobre o aumento significativo de casos de hepatite A, com 60 registros em 2024, embora sem mortes. A doença, transmitida via fecal-oral, está associada ao consumo de água ou alimentos contaminados e a condições de saneamento precárias. Os sintomas iniciais incluem fadiga, febre e dores musculares, podendo evoluir para vômitos e icterícia. O diagnóstico é feito por exame de sangue, e não há tratamento específico, sendo a hospitalização necessária apenas em casos graves. A prevenção envolve práticas de higiene e vacinação, que é recomendada a crianças aos 15 meses e disponível para grupos de risco em centros de saúde.

Segundo a prefeitura, o surto não se limita à Capital. Outras cidades, como São Paulo e Florianópolis, já haviam relatado crescimento em 2023, e, mais recentemente, Curitiba também apontou aumento nos registros.

Diante do cenário, a Sesau reforça o trabalho conjunto com o Ministério da Saúde, articulando novas medidas de controle. A secretaria já iniciou o levantamento do perfil epidemiológico dos infectados e intensificou a busca ativa de novos casos, além de orientar aqueles que tiveram contato próximo com os contaminados.

Em parceria com a SES (Secretaria Estadual de Saúde) e o Ministério da Saúde, foi elaborada uma nota técnica direcionada aos profissionais de saúde, tanto das redes pública quanto privada. A colaboração da mídia tem sido apontada como essencial para disseminar informações e alertar a população.

Veja as orientações:

A doença e suas formas de contaminação -  A hepatite A é uma doença viral que pode ser prevenida por vacina. Sua transmissão ocorre via fecal-oral, frequentemente associada ao consumo de água ou alimentos contaminados, e também a condições precárias de saneamento básico e higiene.

A contaminação pode se dar através do contato pessoal próximo ou sexual. Entre os primeiros sintomas estão fadiga, mal-estar, febre e dores musculares, que podem ser seguidos por enjoo, vômitos, dor abdominal e alterações gastrointestinais, como constipação ou diarreia. Urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados) também são sinais característicos da infecção.

O período de incubação do vírus varia de 15 a 50 dias, e os sintomas geralmente desaparecem em menos de dois meses. O diagnóstico é realizado por exame de sangue, mas não há tratamento específico para a hepatite A, sendo a hospitalização indicada apenas em casos de insuficiência hepática aguda. A automedicação, especialmente com o uso de paracetamol, é desaconselhada, já que pode agravar o quadro clínico.

Prevenção e cuidados - Para prevenir a doença, a Sesau recomenda práticas simples de higiene, como lavar as mãos antes de manusear alimentos, lavar frutas e vegetais com solução de hipoclorito de sódio e cozinhar bem os alimentos. Em ambientes públicos, é recomendada a desinfecção regular de superfícies e objetos com hipoclorito de sódio. Além disso, a população deve evitar tomar banho em locais contaminados por esgoto e o compartilhamento de utensílios como bombas de tereré e narguilés.

A vacina contra a hepatite A está incluída no calendário vacinal infantil e deve ser aplicada aos 15 meses de idade. Ela também está disponível no CRIE (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) para pessoas acima de 1 ano com condições de saúde específicas, como portadores de hepatopatias crônicas, coagulopatias e pessoas vivendo com HIV.

O CRIE em Campo Grande está localizado no ambulatório do HRMS, na Avenida Engenheiro Lutero Lopes, n.º 36, Bairro Aero Rancho.

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