Jovens de 20 a 34 anos têm a maior incidência de hepatite na Capital

A Coordenação de Emergências em Saúde Pública emitiu, neste mês, alerta sobre o monitoramento de casos de hepatite A. Até setembro deste ano, foram registrados nove casos em Campo Grande, e um caso em Dourados. O aumento dos casos, especialmente na capital, levanta preocupações sobre a transmissão da doença, que não apresentou registro ativo no ano anterior.

De acordo com dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), a situação se agravou nos meses de abril a setembro. A faixa etária mais afetada nos últimos anos, especialmente em 2024, é de 20 a 34 anos, um grupo que inclui indivíduos sexualmente ativos, o que sugere que o comportamento sexual pode ser um fator de risco significativo.

Enquanto isso, as crianças menores de 10 anos apresentaram poucos casos, o que pode estar relacionado à cobertura vacinal insuficiente. Vale lembrar que, de 2000 a 2023, foram notificados 171.255 casos da doença no Brasil, representando 21,8% das hepatites virais registradas.

Conforme já noticiado, a hepatite A é uma infecção viral que pode ser transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados, bem como por contato próximo entre pessoas. A falta de saneamento básico e baixos níveis de higiene pessoal são fatores críticos que contribuem para a disseminação do vírus. O contato com fezes contaminadas é uma das principais formas de transmissão, e o sexo sem proteção também é considerado uma via de contágio.

Para combater a propagação da hepatite A, as autoridades de saúde recomendam medidas rigorosas de higiene, como a lavagem das mãos com água e sabão, a higienização adequada de alimentos e a utilização de água tratada. A vacina contra a hepatite A está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde para crianças a partir de 15 meses até 4 anos.

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