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Capital

Fuga da Máxima ocorreu quando guaritas estavam vazias, diz agente

Conforme servidor, que pediu para não ser identificado, geralmente, das nove torres de vigilância, apenas duas funcionam

Luana Rodrigues | 22/05/2017 14:15
Torres de vigilância do presídio de Segurança Máxima. (Foto: Marcos Ermínio)
Torres de vigilância do presídio de Segurança Máxima. (Foto: Marcos Ermínio)

Os presos que fugiram do presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, por volta das 4h desta segunda-feira (22), aproveitaram um momento em que não havia nenhum policial nas torres de vigilância para executar a fuga. A informação é de um agente penitenciário, que pediu para não ser identificado.

Conforme informações do servidor, as nove torres do presídio não contavam com nenhum policial militar no momento da fuga. No entanto, os presos aproveitaram o não funcionamento das torres de número 2, 6 e 8, pois elas estão inativas há um bom tempo e a iluminação no local é escassa. 

“Inclusive, os presos passaram por dentro da guarita para conseguir pular a muralha. Com certeza eles observaram essa falha de segurança e aproveitaram a baixa iluminação do local para fugir”, conta.

Assim que o alarme foi acionado, um dos agentes chegou a realizar um disparo de alerta, mas não conseguiu inibir os detentos.

Ainda segundo o agente, na cela 116, onde os fugitivos estavam, havia outros 11 internos, portanto, o número de foragidos poderia ser maior. “Outros cinco presos recuaram na hora, mas com certeza eles poderiam ter saído”, considera.

No momento da fuga, havia 10 agentes de plantão no presídio, para garantir a vigilância de 2,4 mil presos, segundo o servidor. Não há informações sobre o número de policiais militares responsáveis pela penitenciária.

O Campo Grande News tentou contato com o tenente-coronel da PM, Bosco, responsável pela guarda da penitenciária, mas até o fechamento desta reportagem ele não atendeu as ligações. A Agepen (Agência Estadual da Administração Penitenciária) prometeu investigar o caso.

Até agora, a polícia diz não haver vínculos entre a fuga e suposto confronto entre facções criminosas no local. O pavilhão onde ocorreu os fatos é considerado calmo, assim como o histórico dos fugitivos.

Foragidos - O mais velho deles é o zelador de prédios Anderson de Oliveira, 32 anos. Preso por roubo em junho de 2010, mostrava-se em recuperação ampla: concluiu um curso de panificação oferecido pela Agepen e trabalhava há cinco anos nas cozinhas do sistema carcerário.

Para a polícia, as investigações iniciais mostram que ele pode ter sido o mentor e as buscas se concentram no bairro onde foi criado, o Tiradentes, na região oeste, pela proximidade com o presídio.

Afinal, os outros dois fugitivos não possuem raízes tão definidas. O mecânico Alisson Augusto Correia, 22, é um exemplo. De Várzea Grande (MT), foi preso em junho do ano passado vendendo dinheiro falsificado na região central e, segundo a polícia, ‘Magrão’, como é conhecido, só tem nos criminosos as amizades na Capital.

O último dos fujões também é iniciante. Sivalter da Silva Rodrigues, 19, está preso desde fevereiro por falsa acusação de crime, falso testemunho em juízo e também por plantar falsas provas processuais.

Até a conclusão dessa reportagem, nenhum dos três havia sido recuperado. Os batalhões especializados da PM, Choque e Bope, seguem realizando buscas.

Anderson de Oliveira, Silvalter da Silva e Alisson Augusto, fugiram na madrugada de hoje. (Foto: Direto das Ruas)
Anderson de Oliveira, Silvalter da Silva e Alisson Augusto, fugiram na madrugada de hoje. (Foto: Direto das Ruas)
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