Governo cria grupo para avaliar parceria privada na gestão do Hospital Regional
Equipe terá 6 servidores, para apresentar proposta de parceria privada com hospitais públicos
O Governo Estadual criou um grupo de trabalho formado por seis pessoas para fazer estudos técnicos sobre a realização de uma PPP (parceria público privada) para a gestão do Hospital Regional de Campo Grande. É mais um passo dentro da iniciativa que já havia sido divulgada no ano passado de envolver o setor privado na gestão de hospitais e, inclusive, motivou a contratação de estudos pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) ao custo de R$ 5 milhões.
O grupo é formado por três servidores do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas) e um representante da Funsau (a Fundação Serviços de Saúde), que administra o HR, da Procuradoria Geral do Estado e da Secretaria Estadual de Saúde, com a tarefa de “elaboração de estudos técnicos, econômico-financeiros e jurídicos” com vistas à formulação da proposta de PPP sobre o HR.
Na semana passada, a promotora que atua na área da saúde, Daniela Cristina Guiotti, chegou a se reunir com o secretário de Saúde, Maurício Simões Correa e a diretora-presidente do Hospital Regional, Marielle Esgalha, para falar sobre como ocorrerá a parceria. No caso do HR, a ideia não envolveria a contratação de uma organização social, segundo o secretário, mas alguns serviços hospitalares, conforme divulgou o Ministério Público Estadual. Também os serviços médicos não estariam incluídos. Inclusive, o hospital fará concurso para contratar profissionais de saúde, uma demanda que já era motivo de cobrança pela promotoria.
Já o governo informou que a PPP permitiria ações para construção, manutenção, reformas e adequações do complexo hospitalar, atraindo investimentos privados. O Executivo também estuda e planeja envolver parcerias em outras três unidades, para ampliar a estrutura em macrorregiões, nas cidades de Dourados, Coxim e Corumbá.
Conforme a titular da EPE, Eliane Detoni, o estudo vai permitir a estruturação do modelo de parceria. "O GT é formado por técnicos que estarão à frente do projeto junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para desenvolver os estudos de viabilidade. Além dos técnicos em estruturação são chamados técnicos da área que tem pertinência com o tema que são realizados os estudos, nesse caso a saúde, pois são eles que possuem todo o conhecimento do setor e irão contribuir para uma melhor estruturação da PPP”.
Anteriormente, o secretário de Saúde já havia informado que técnicos da pasta elaboraram um modelo ideal reestruturação da rede hospitalar no estado, que deve ser viabilizado com as parcerias em estudo.