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Capital

Grupo é julgado por degolar adolescente de facção rival

Adolescente foi assassinado em janeiro de 2019; segurança foi reforçada durante júri

Dayene Paz e Bruna Marques | 09/02/2023 09:32
Quatro réus julgados hoje em Campo Grande. (Foto: Bruna Marques)
Quatro réus julgados hoje em Campo Grande. (Foto: Bruna Marques)

Com segurança reforçada, quatro homens são julgados, nesta quinta-feira (9), acusados de degolar Tiago da Silva de Jesus, 17 anos, no chamado "Tribunal do crime" da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O caso ocorreu em 2019 e o corpo de Tiago foi encontrado na calçada de uma escola, na Rua Onze Horas, no Jardim das Hortênsias, em Campo Grande.

Sentam no banco dos réus: Felipe Uchôas Barão, Matheus Henrique de Oliveira Moraes, Matheus Pereira Fernandes e Weuller Gabriel Silva de Almeida. O dono da casa onde a vítima foi mantida em cativeiro, Dorvaci Nogueira Bezerra, e Mailson Pereira Meaurio, que vigiou o local, foram intimados e não compareceram ao júri.

O delegado que acompanhou o começo das investigações, Ricardo Meirelles, foi ouvido no Tribunal do Júri nesta manhã e confirmou que a morte envolveu briga de facções criminosas. Tiago era natural do Mato Grosso e pertencia ao CV (Comando Vermelho).

Ricardo pontuou que os executores do crime fizeram questão de deixar o corpo em local que fosse encontrado rápido, justamente para mostrar que realmente "fizeram o serviço".

Ouvido no plenário, Wueller Gabriel negou envolvimento e afirmou que conhecia os envolvidos apenas por morarem no mesmo bairro. Matheus Pereira Fernandes afirma que ouviu comentários na rua, mas nega envolvimento. "Eu não estava lá, como vou falar uma coisa que não sei", respondeu ao juiz Carlos Alberto Garcete.

Os outros dois réus serão ouvidos em seguida.

Crime - No dia 7 de janeiro de 2019, ele foi julgado por 12 horas e morto degolado numa casa do Jardim Botânico por integrantes do PCC. A sentença de morte, conforme a polícia, foi dada por um interno do presídio após o menino, durante uso de drogas, confirmar que seria do CV.

A vítima foi executada no imóvel, na sequência enrolada em cobertores e desovada atrás de um carro velho, na calçada do muro da Escola Municipal Irene Szukala. O adolescente teve a morte divulgada no próprio Facebook horas depois que o corpo foi achado.

A matéria do Campo Grande News, que divulgou o crime, foi compartilhada no perfil de Tiago às 13h20 do dia 8, poucas horas depois de o corpo ser encontrado. A mesma notícia foi enviada à irmã do adolescente por mensagem, junto com o aviso para que a família buscasse o corpo dele na Capital de Mato Grosso do Sul.

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