Guarda municipal apanha e atira ao ser confundido com ladrão
Denúncia foi feita pelo sindicato da categoria que registrou boletim de ocorrência sobre o caso
Um guarda municipal de 30 anos foi agredido na manhã desta quinta-feira (4) após ser confundido com ladrão que agia nos Bairros Oiti e Panorama, em Campo Grande.
Segundo o sindicato que representa a categoria, durante o crime, o guarda sacou a arma e atirou em um dos autores da agressão, que foi socorrido e levado para a Santa Casa. O suposto responsável por furtos na região acabou preso minutos depois.
Conforme as informações divulgadas pelo presidente da entidade, Hudson Bonfim por volta das 9h, o agente de folga estava a caminho de uma lan house quando foi cercado por dois homens em carros diferentes e agredido.
Testemunhas contaram que, durante as agressões, a vítima se identificou por mais de uma vez como guarda municipal. Ele chegou a ser estrangulado, mas conseguiu sacar sua arma e atirou contra um dos agressores na região da barriga. Ferido, o homem foi levado para a Santa Casa de Campo Grande.
Segundo a assessoria do hospital, o suspeito não corre risco de morte e está internado na área verde do pronto-socorro, passando por tratamento conservador, ou seja, sem necessidade de cirurgia. O outro agressor foi levado para a delegacia pela Polícia Militar. Os nomes dos dois envolvidos não foi divulgado.
O guarda teve vários ferimentos na região do rosto e foi levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exame de corpo de delito.
Ainda conforme o relato, os agressores seriam irmão e marido de uma suposta vítima de furto. A mulher teria ligado para os parentes informando sobre uma pessoa em atitude suspeita na região.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil do bairro Carandá Bosque e será investigado.
Abuso de autoridade - o presidente do sindicato dos guardas comentou ainda que deve denunciar um caso de abuso de autoridade porque o advogado do sindicato não teve autorização para falar com o cliente. Conforme ele, a negativa teria partido de um subtenente da Polícia Militar.
O subtenente nega qualquer abuso de autoridade. Segundo ele, o guarda envolvido na ocorrência seria levado na viatura da PM como testemunha, mas um outro guarda o retirou sem pedir autorização ao militar que já estava como responsável na ocorrência. Apesar do incômodo, a situação foi resolvida.
Ainda segundo o policial, já na delegacia o advogado deu uma “carteirada” para ficar no local onde estava sendo confeccionado o boletim de ocorrência e ele não permitiu porque ainda estava conversando com o guarda municipal.
(*) Matéria alterada às 17h57 para acréscimo de informações