Hiato só aumentou carinho por um dos eventos mais tradicionais da Capital
Campo-grandense aprovou retorno do evento na Rua 13 de Maio
Para quem não perdia uma edição do Desfile Cívico do aniversário de Campo Grande o hiato de dois anos, por conta da pandemia de covid-19, só aumentou o carinho por uma das comemorações mais tradicionais da Capital Morena.
Para muito além de entreter o evento é um exercício de cidadania que emociona famílias inteiras. “Ver um desfile como esse super educativo, produtivo, as crianças desfilando é uma emoção muito forte. Eles são o futuro de Campo Grande”, comenta visivelmente emocionada a professora aposentada Maria de Fátima Barbosa, de 56 anos. Ela saiu do Jardim Colúmbia para prestigiar a filha que desfilou na ala de bombeiros mirins.
“Eu estou aqui para homenagear ela”, completa. Para a professora o desfile simboliza “o futuro, a educação, a lealdade” e a expectativa de formação de “cidadãos melhores para o amanhã”.
Assim como a professora aposentada o pintor Edson de Oliveira, de 71 anos, conta que acompanha o desfile “a vida toda”, e defende a maior participação dos jovens para tentar manter viva essa tradição.
“É um dia cívico, dia de comemorar o aniversário da cidade então é uma ocasião muito importante e os jovens devem participar”, comenta. Edson também aprovou a mudança de endereço do desfile. O evento foi realizado na Rua 14 de Julho e, em 2019 foi para o atual endereço, na Rua 13 de Maio. “A ‘14’ ficou muito estreita então aqui está excelente”, diz. O desfile militar é a atração preferida do morador em cada edição.
Quem também não perde uma edição e não via a hora do retorno do desfile era a empresária Leoniza Borges, de 51 anos. Acompanhada da família ela foi prestigiar a primeira participação do neto, que é militar da Aeronáutica, no evento. A ansiedade era tanta que às 4h ela já estava de pé.
“Eu expliquei para o meu neto que é um orgulho muito grande o ver desfilar, por que o avô já foi da Aeronáutica, o tio, o pai é militar então é um evento que emociona, que mexe muito com a gente”, comenta.
Se depender dela a tradição de acompanhar os desfiles vai continuar por muitas gerações da família. “Foi muito chato não ter o desfile nesses últimos dois anos. Eu sou daqui, nasci aqui então eu acho importante o desfile. É uma honra participar”, conclui.