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Capital

Homem é baleado por guarda civil na Avenida Guaicurus

Segundo o boletim de ocorrência, houve desacato e luta corporal; vítima foi encaminhada à Santa Casa

Gustavo Bonotto | 08/05/2023 23:21

Um homem identificado como Leonardo Antônio Vasconcelos foi baleado por um guarda civil durante a noite desta segunda-feira (8) na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. De acordo com o boletim de ocorrência, o civil estava fazendo compras em uma farmácia localizada no Bairro Jardim Colibri, quando percebeu que Leonardo estava discutindo com a atendente, que posteriormente pediu ajuda.

Segundo os autos, o guarda identificado como Adiel Lima da Silva interveio e solicitou que o homem se retirasse do local. Com a ordem do guarda, Leonardo ficou mais irritado e começou a ameaçar todos no local. Após desacatar as ordens, ambos entraram em luta corporal. De acordo com o civil, Leonardo tentou tomar a arma que o guarda portava.

Ainda em seu depoimento, Adiel pontuou que precisou sacar sua arma e deu voz de prisão ao autor, solicitando que este se rendesse, porém neste momento o homem investiu mais uma vez e tentou tomar novamente a arma, não restando alternativa a não ser efetuar um disparo na intenção de cessar a agressão.

O homem foi socorrido pela Ursa (Unidade de Resgate e Serviço Avançado) do Corpo de Bombeiros e encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande em estado grave. O local foi isolado para averiguações da Polícia Civil e Perícia Criminal. A arma utilizada foi recolhida.

O caso foi registrado como ameaça e lesão corporal dolosa na Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário e Centro Especializado de Polícia Integrada).

O outro lado - A esposa de Leonardo, Jéssica Ferreira, entrou em contato com a reportagem do Campo Grande News para questionar os autos apresentados no boletim de ocorrência. "Estava em casa, pois estou com dengue. Ele saiu do trabalho, por volta das 17h, e me mandou mensagens dizendo que iria trazer alguma coisa para comer no jantar. Após sair do mercado, disse que iria até a farmácia para comprar remédios", afirmou por telefone.

Jéssica complementou dizendo que mora próximo ao local dos disparos. "Por volta das 19h20, cheguei a ouvir os tiros e achei estranho. No que peguei o celular para ligar para ele e ver o motivo da demora, vi o áudio onde ele dizia que havia sido baleado. 'Amor, chama o Samu para mim', disse Leonardo na mensagem de voz".

Desesperada, a companheira do baleado deixou os filhos em casa e foi correndo para a farmácia. "Quando cheguei lá, tinham umas sete viaturas. O que mais me deixou chocada é que ninguém queria me dar informação. Ele tem problema psiquiátrico, e pela minha forma de pensar, eles não poderiam ter tomado essa atitude. Quando perguntei o que aconteceu a um dos policiais, fui informada de que 'não havia acontecido nada' e que 'estava no local errado', como se meu marido fosse um bandido".

Procurada pela reportagem, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) disse que emitirá uma nota sobre o caso durante a manhã desta terça-feira (9). Já o sindicato que representa os civis informou que, até o momento, o caso se trata de legítima defesa por parte do servidor que efetuou o disparo.

(*) Matéria alterada às 00h26 para acréscimo de informações.

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