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Capital

Homem que matou 3 pessoas queimadas é preso 11 anos depois

Assassino foi encontrado em uma residência da cidade de Maracaju, a 159 km da Capital

Por Dayene Paz | 09/04/2025 18:07
Homem que matou 3 pessoas queimadas é preso 11 anos depois
Adriano, que foi preso pelo triplo homicídio. (Foto: Arquivo | Campo Grande News)

Adriano Ribeiro Espinosa, 27 anos, foi preso onze anos depois de matar três pessoas queimadas ao causar incêndio em uma residência do Jardim Colúmbia, em Campo Grande. Na época, agiu por ciúmes da ex-companheira. A prisão de Adriano ocorreu no dia 24 de março, mas só foi divulgada esta semana.

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Adriano Ribeiro Espinosa, 27 anos, foi preso 11 anos após causar um incêndio que matou três pessoas em Campo Grande. O crime, motivado por ciúmes, ocorreu em 2014, quando Adriano, com a ajuda de um adolescente, incendiou uma casa onde estavam sua ex-companheira Edna e outras três pessoas. O incêndio resultou na morte de Lucinda Ferreira Torres, Hélio Queiroz Neres e Daniel Cândia. Edna foi a única sobrevivente. Adriano foi preso em Maracaju, após ser monitorado pela polícia. O adolescente envolvido foi expulso de casa pela mãe, uma das vítimas, o que pode ter motivado sua participação no crime.

Espinosa estava sendo monitorado pela polícia e foi encontrado em uma casa na cidade de Maracaju, que fica distante cerca de 159 quilômetros de Campo Grande. Contra ele havia mandado de prisão desde a época do crime.

Entenda - Um adolescente, com 16 anos na data do crime, ajudou a tramar o incêndio que resultou na morte da mãe dele, Lucinda Ferreira Torres, 41 anos, e outras duas pessoas na noite do dia 13 de outubro de 2014, no Jardim Colúmbia.

Apreendido, o menor disse que não tinha conhecimento de que a mãe estivesse na casa, no entanto, a polícia contestou as informações alegando que ele aparentemente “não se importou” com este fato, segundo a delegada Franciele Candotti, que investigou o caso. O menor havia sido expulso de casa pela mãe por causa de problemas familiares, o que pode ter incentivado uma ação de retaliação.

Homem que matou 3 pessoas queimadas é preso 11 anos depois
Casa foi destruída por incêndio criminoso no Jardim Colúmbia, e três pessoas morreram. (Foto: Arquivo | Campo Grande News)

O incêndio foi provocado por volta das 23h30. Na ocasião, além de Lucinda, também estavam na residência Hélio Queiroz Neres, 37 anos, Edna Rodrigues de Souza, 33 anos, ex de Adriano, e Daniel Cândia, 38 anos. O grupo fazia uma pequena confraternização regada com bebidas alcoólicas.

Adriano agiu motivado por ciúmes, já que Edna e Daniel estariam mantendo um relacionamento amoroso. “O autor chegou ao local e pediu para que Edna fosse embora com ele, mas ela se recusou. Movido pelos ciúmes, ele arquitetou tudo com ajuda do adolescente”, disse a delegada.

A dupla se encontrou em um bar da região e discutiu abertamente como cometeriam o crime. Uma testemunha ouviu toda a conversa, mas jamais imaginou que o plano seria posto em prática - após o ocorrido, colaborou com as investigações.

Imagens da câmera de segurança de um posto de combustíveis do bairro mostraram o adolescente chegando ao local de bicicleta, para encher um galão com gasolina. Em seguida, ele pagou o frentista, recebeu o troco e foi embora ao encontro do comparsa.

Os dois se dirigiram até a casa, onde provocaram as chamas. O menor espalhou a gasolina enquanto o comparsa riscou o fósforo. O fogo se alastrou rápido e matou Lucinda imediatamente.

Testemunhas ajudaram a socorrer Hélio, Daniel e Edna. Eles foram levados para a Santa Casa, mas devido à gravidade dos ferimentos, os homens acabaram morrendo. Edna foi a única sobrevivente.

A casa onde o grupo estava havia sido invadida por Hélio, que passou a dividir o imóvel com Daniel. A porta do fundo ainda estava trancada com cadeado e corrente, colocados possivelmente pelo proprietário. As janelas possuíam grades e a porta da frente estava trancada por dentro.

A delegada acredita que, sob o efeito de álcool, as vítimas não conseguiram encontrar as chaves e assim, acabaram presas. “Eles provavelmente estavam embriagados e no meio da confusão, perderam as chaves e não conseguiram sair. A porta da frente foi arrombada com um machado por uma das testemunhas que prestou socorro”, afirmou.

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