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Capital

Horta vira terapia para pessoas com transtornos mentais em posto de saúde

Diabéticos, hipertensos e obesos, também farão parte do projeto

Yarima Mecchi | 10/05/2017 13:45
Mudas foram plantadas na horta. (Foto: Marina Pacheco)
Mudas foram plantadas na horta. (Foto: Marina Pacheco)

Um horta com cultivo de 21 plantas entre horaliças e ervas medicinais vai servir como terapia para os pacientes diabéticos, hipertensos e obesos, além de pacientes da saúde mental e trabalhadores da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro Tarumã. O projeto hortoterapia foi lançado nesta quarta-feira (10) pelo secretário de saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), o espaço vem sendo preparado há pelo menos 15 dias pela equipe da unidade. Eles foram treinados por funcionários da Escola Municipal Professor Fauze Scaff Gattass Filho, onde já tem horta, mas para ensino dos alunos.

A expectativa é de que mais de 100 pessoas participem da produção e cultivo das plantas. Com um quadro de pressão, a agente comunitária de saúde, Marta Helena Baller, de 47 anos, é uma das idelizadoras do projeto.

Ela conta que o primeiro diagnóstico da doença foi há cinco anos e após o suicídio de uma médica da unidade o quadro piorou. "Ano passado a dra. Valquíria se matou e fiquei muito triste com isso. Desenvolveu meu quadro de depressão, eu fui afastas, mas com a horta fiquei mais animada e já voltei a trabalhar", disse.

De volta ao trabalho, ela destaca que vai ficar apenas cuidando da horta, por enquanto, mas que conta com ajuda de colegas de trabalho e da comunidade para continuar com o projeto. "Vamos que muita gente toma remédio controlado aqui na região. Vamos trazer essas pessoas", destacou.

A gerente da unidade, Aparecida Pereira, disse que o projeto é apenas o começo para trazer a comunidade mais perto. "Nós fazimos artesanato, mas esse projeto vai trazer a comunidade mais perto", afirmou. 

Agente comunitária de saúde, Marta Helena Baller. (Foto: Marina Pacheco)
Agente comunitária de saúde, Marta Helena Baller. (Foto: Marina Pacheco)

Hortoterapia - A hortoretapia é a técnica que combina cultura de plantas e jardinagem ativa e passiva (contemplação ou “jardim-reflexo”), e é considerada eficaz como coadjuvante das terapias convencionais.

O contato direto com a natureza é capaz de ajudar na recuperação de doenças, estimulando a vontade de a pessoa viver e lutar.

Caso - A médica Valquíria Feitosa Patrício Gomes, 31 anos, e o filho dela, João Roberto, de 2 anos, foram encontrados mortos no dia 10 de dezembro, na casa em que moravam, no bairro Itanhangá Park, em Campo Grande.

Os corpos foram encontrados por volta das 20h e a mulher estava sozinha em casa com o filho e quando o marido chegou, já encontrou os dois desacordados, abraçados um ao outro.
Eles foram intoxicados por monóxido de carbono, conforme a Polícia Civil, a mãe teria aceso um carvão e trancado o quarto.

O monóxido de carbono é um gás levemente inflamável, incolor, inodoro, mas muito perigoso devido à sua grande toxicidade. É produzido pela queima em condições de pouco oxigênio e/ou alta temperatura de carvão ou outros materiais ricos em carbono, como derivados de petróleo.

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