Hospital Regional alega “falha pontual” e culpa antiguidade dos elevadores
Contudo, a troca dos equipamentos essencial para a circulação de funcionários e pacientes está somente em fase de estudo
Com a troca de elevadores em fase de estudo, o HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian culpa a antiguidade dos equipamentos pelos problemas de funcionamento, que penalizam a rotina de funcionários e pacientes. Ontem, o Campo Grande News divulgou que há 15 dias apenas um elevador é utilizado.
Por meio da assessoria de imprensa, o hospital informou que equipe da empresa terceirizada responsável pela manutenção dos elevadores está no HR desde a última sexta feira (dia 6) para solucionar o problema.
“Informamos que a falha pontual ocorreu, devido a antiguidade dos elevadores, mesmo com esta condição os equipamentos passam por manutenção periodicamente. As diretorias estudam as melhores formas de realizar as reformas necessárias. Entretanto, a parceria com o corpo de bombeiros se deu, solucionando a questão”.
A nota à imprensa também pontua que será realizado processo para instalação de um elevador externo na instituição e também o estudo para a troca dos equipamentos.
Conforme a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, não foi formalizada parceria com o hospital. Houve transporte do corpo de um paciente pela escada, mas o fato teria sido coincidência de uma equipe ter ido ao PAM (Pronto Atendimento) para deixar uma pessoa.
Segundo o presidente do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul), Ricardo Bueno, setores com internações mais graves ficam justamente nos andares mais altos do prédio, como UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e Uco (Unidade Coronariana), o que torna o elevador essencial.
Uma análise mostra, ao mesmo tempo, o gigantismo e percalços do hospital, localizado no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. No ano passado, foram atendidos 239.792 pacientes, com receita de R$ 326 milhões.
No mês de outubro, a Justiça encaminhou para o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) o relatório que acusa 1.140 mortes no HR, no período de nove meses de 2019.
A decisão foi em ação civil, proposta pelo 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública no mês de agosto. O documento apontava irregularidades nos serviços de cardiologia, hemodinâmica e biópsia. Além do pedido de regularização de estoque de insumos e reforço do quadro de funcionários.