Instituto diz que libera esta semana 4 corpos de um total de 13 parados
Entre os cadáveres, estão vítimas de "Nando", homem preso acusado de assassinar dependentes químicos
O Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) deve concluir até a próxima quarta-feira (19), a liberação de quatro dos onze corpos que aguardavam identificação no instituto. As liberações são graças à aquisição, na semana passada, dos insumos e reagentes químicos necessários para a realização dos procedimentos de identificação.
Três dos cadáveres identificados, mas que não tiveram os nomes divulgados, são vítimas de Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, 49 anos. “E esperamos até o fim da semana que vem identificar os outros sete corpos restantes”, comentou Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva, diretora do IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses).
O instituto ainda tem mais dois corpos encontrados sem documentos e que não foram contestados por familiares. A grande quantidade de vítimas do Nando a serem identificadas, inclusive, eram um dos fatores que tinham agravado a sobrecarga das liberações, deste ano, segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).
Ao menos 16 ossadas de suas vítimas foram encontradas em um cemitério clandestino, no Jardim Veraneio, e encaminhados ao Imol para identificação.
Identificações - A identificação de cada cadáver leva em média 30 dias e os exames tem pelo menos cinco fases. Desde a extração e limpezas dos ossos de onde é colhido o material genético até comparação com o DNA de familiares.
Em seguida, a conclusão dos peritos é revisada e os laudos de identificação, encaminhados à Polícia Civil. “É um processo delicado que demanda tempo. Em situações em que o corpo foi muito desgastado pela chuva, sol ou carbonizado esse processo é ainda mais difícil”, conta.
Durante o final de semana os peritos liberaram, por exemplo, o corpo do engenheiro Sebastião Mauro Fenerich, 69 anos, encontrado carbonizado no porta-malas de um HB20, na segunda-feira (10).
No entanto, a família de Joaquim de Souza Santos, 64 anos, ainda aguarda para enterrar o corpo do idoso, encontrado em estado avançado de decomposição, ainda no dia 27 de fevereiro, em um terreno baldio, na Rua Dom Duarte da Costa, na Vila Morumbi, em Campo Grande.