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Capital

Investigações apontam que outra travesti armou emboscada para policial

Filipe Prado | 30/01/2014 19:21

As investigações policiais apontam para o envolvimento da travesti Alexia (Alexandre Gonçalves Rocha) no assassinato de um policial civil da Capital. Antes supostamente acusada pelo crime, outra travesti envolvidas na morte do investigador Dirceu Rodrigues dos Santos, 38 anos, voltou a ser ouvida pela polícia nesta quinta-feira (30), mas acabou ficando apenas como testemunha. 

De acordo com o advogado Amilton Ferreira, Alexandro Gonçalves Rocha, 21, conhecido como a travesti Natália, não tem envolvimento com o crime. Ela acabou sendo ouvida apenas como testemunha.

Já a outra travesti, Alexia (Alexandre Gonçalves Rocha), foi presa em flagrante pelo envolvimento no crime e segue à disposição da polícia em Campo Grande. Todos os sete envolvidos no caso continuam presos, ou apreendido, no caso do adolescente envolvido, de acordo com informações do delegado João Reis, da 5º Delegacia de Polícia, que investiga o caso. A soltura deles dependerá de decisão do Judiciário.

O advogado relatou que Natália, mesmo presenciando o homicídio, não estava envolvida nele, então não pode ser autuada em flagrante, por isso foi considerada apenas como testemunha. “Ela também foi amarrada e presenciou vários atos ilícitos, mas não foi comprovada a sua participação no crime”, afirmou.

Ela compareceu na tarde de hoje (30) no 5º Delegacia de Polícia, para prestar algumas declarações complementares e tirar algumas dúvidas do delegado Jairo Carlos Mendes.

Em depoimento, Natália contou que Dirceu e Osmar Ferreira, 39, estavam investigando o roubo da joia, avaliadas em R$ 80 mil, então chamaram ela e Alexandro Gonçalves Rocha, 21, também travesti, para um programa, mas ao entrarem no carro, eles as amarraram e começaram a perguntar sobre o objeto.

Elas deram a informação de onde a joia estava, então eles foram checar a informação. Ao chegar ao local, Natália ficou dentro do carro e Alexandro entrou na casa com Osmar. De acordo com o advogado, Osmar levou uma “gravata” e ficou desacordado, então Natália ouviu um tiro, que partiu de dentro da casa e atingiu Dirceu, então, mesmo com as mãos amarradas, saiu do veículo e entrou na residência.

Caso - Até o momento, 15 pessoas foram detidas para prestar depoimentos sobre a noite do crime. Delas, seis adultos foram presos em flagrante, além de um adolescente de 15 anos.

A morte de Dirceu mobilizou mais de 50 policiais e inúmeras delegacias, entre elas a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), onde o investigador trabalhava. O flagrante foi concluído pelo delegado João Reis Belo, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga e encaminhado ao delegado da 5ª DP.

De acordo com os delegados titular e adjunto da Derf, Fabiano Nagata e Fábio Peró, respectivamente, o inquérito que apura a morte de Dirceu deve ser concluído até o dia 8 de fevereiro. .

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