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Capital

Jogador que baleou segurança em torneio de poker cumprirá pena em liberdade

Crime aconteceu em novembro de 2021 e vítima foi atingida por tiro no peito por dívida de R$ 200

Por Ana Paula Chuva | 30/01/2025 13:35


RESUMO

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Luan Carlos da Silva Ortiz, 34 anos, foi condenado a 3 anos de prisão em regime aberto por balear um segurança durante um torneio de poker em Campo Grande (MS). O incidente ocorreu em novembro de 2021, no Bairro Carandá Bosque, após uma discussão sobre o pagamento de fichas do jogo. Segundo o processo, Ortiz deixou o local após não conseguir efetuar um pagamento de R$ 200, retornou armado e atingiu o segurança com um tiro no peito. O réu alegou ter agido em revide após ser intimidado por seguranças. Inicialmente denunciado por tentativa de homicídio qualificado, teve a acusação desclassificada para lesão corporal grave e porte ilegal de arma pelo Conselho de Sentença. O juiz Carlos Alberto Garcete determinou que a pena seja cumprida em liberdade.

Luan Carlos da Silva Ortiz, 34 anos, foi condenado a três anos de prisão por balear segurança de um torneio de poker. O caso aconteceu em novembro de 2021, no Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande, e o acusado passou por julgamento nesta quinta-feira (30), no entanto, ele cumprirá a pena em liberdade. O crime foi registrado por câmeras de segurança. (Veja o vídeo acima).

De acordo com denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), na noite de 10 de novembro daquele ano, Luan tentou matar o segurança no estabelecimento que fica na Avenida Mato Grosso com um tiro no peito. Para o órgão o crime foi cometido por recurso que dificultou a defesa da vítima.

O MP relata que no dia dos fatos, o réu e a vítima estavam no evento de poker quando em certo momento, Luan não conseguiu efetuar um pagamento para a organização em relação a algumas fichas que havia utilizado. Ele teve seu celular retido e deixou o local dizendo que buscaria dinheiro para quitar a dívida.

No entanto, momentos depois voltou ao evento e, sem dizer qualquer palavra, sacou uma arma de fogo. A vítima chegou a correr para dentro do local para se proteger, mas acabou atingida por um tiro no peito. Luan fugiu logo em seguida, sem prestar socorro ao segurança, que acabou sendo levado para atendimento médico e sobreviveu.

Luan foi denunciado por porte ilegal de arma de foto e também por tentativa de homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima.

No dia 17 daquele mês, Luan compareceu à 3ª Delegacia de Polícia Civil acompanhado por dois advogados e em depoimento afirmou que era a primeira vez que esteve no local. No relato, ele confirmou que tentou fazer o Pix no valor de R$ 200 e não conseguiu, acreditando ser por problema na internet.  Em seguida, saiu do prédio para ver se o sinal melhorava.

Segundo ele, neste momento, foi abordado por três seguranças, que o intimidaram “tá indo embora por quê? Tem que pagar lá”, teriam dito os funcionários do local, segundo Luan, que ressaltou estar indo atrás de sinal de internet. Depois ele tentou ligar para um amigo levar o dinheiro e então um dos homens teria arrancado o telefone de sua mão.

Jogador que baleou segurança em torneio de poker cumprirá pena em liberdade
Manchas de sangue encontradas na entrada do local (Foto: Reprodução peça processual)

“Você tem 10 minutos para trazer o dinheiro”, teria dito o funcionário, que em seguida o empurrou. Foi então que ele foi a pé até sua casa, pegou R$ 270 e o revólver calibre 38 com duas munições e voltou ao local para pagar a dívida. Porém, ainda de acordo com o relato de Luan, um dos seguranças sacou uma arma e chegou a atirar em sua direção.

Foi então que ele atirou para revidar e, sem ver que havia atingido o segurança, foi embora do local a pé. Depois tentou entrar em contato por telefone com o responsável pelo evento, mas não conseguiu. Outra pessoa acabou informando que o funcionário havia sido baleado e ele então jogou o revólver e a munição em um canteiro na Avenida Nelly Martins. Ele não ficou preso.

Hoje ele passou por julgamento, e o Conselho de Sentença desclassificou a tentativa de homicídio para lesão corporal grave e porte ilegal de arma de fogo, totalizando 3 anos de reclusão, mais 10 dias-multa. No entanto, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida determinou o regime aberto para o cumprimento da pena, mantendo o réu em liberdade.

Jogador que baleou segurança em torneio de poker cumprirá pena em liberdade
Marcas de tiro na parede, porta de vidro e poltrona do prédio onde evento acontecia (Foto: Reprodução)

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