Juiz faz inspeção no “Inferninho”: ponto tradicional para desovar cadáver
"Os algozes destes crimes sabem que se trata de um buraco com aproximadamente 70 metros de profundidade e diâmetro de 150 metros, constituindo-se num verdadeiro fosso rochoso, macabro"
Ponto tradicional para desova de cadáveres e bastante citado nos julgamentos por homicídio em Campo Grande, o “Inferninho”, a 20 quilômetros da área urbana foi inspecionado pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos; o promotor Douglas Oldegardo dos Santos e o defensor público Rodrigo Antônio Stochiero Silva.
As autoridades foram ao local na ultima quinta-feira (dia 10). Para o magistrado, a geografia favorece a escolha dos criminosos.
“Os algozes destes crimes sabem que se trata de um buraco com aproximadamente 70 metros de profundidade e diâmetro de 150 metros, constituindo-se num verdadeiro fosso rochoso, macabro, revestido de florestas nas laterais e fundos”, afirma o juiz em entrevista ao site do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Ainda conforme Aluízio, muitos esperam ficar impunes pelas dificuldades de acesso ou mesmo de sobrevivência das vítimas quando empurradas com vida.
O juiz, promotor e defensor foram à zona rural de Campo Grande para ouvirem o depoimento de uma vítima de tentativa de homicídio, que mora em uma chácara. O crime foi em novembro do ano passado, no município de Rio Negro, e a vítima está tetraplégica.
Repercussão – Na lista dos crimes que passaram pelo “Inferninho” aparecem os assassinatos da musicista Mayara Amaral e da manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Moraes, além de morto pelo “tribunal do crime”,julgamentos orquestrados por facções criminosas.