Juiz marca para dezembro audiência sobre morte de menino de 2 anos
Miguel foi assassinado pelo próprio pai, Evaldo Christyan Dias Zenteno, no mês passado
O juiz Aluízio Pereira dos Santos definiu a data para a primeira audiência sobre a morte do menino Miguel Henrique dos Santos Zenteno, de apenas 2 anos, afogado em uma bacia pelo próprio pai no mês passado. Os primeiros depoimentos sobre o caso acontecem no dia 9 de dezembro.
Primeira audiência será para ouvir as testemunhas de acusação. Ela acontecerá no dia 9 de dezembro, às 14 horas. A data para os depoimentos das testemunhas de acusação e também para o interrogatório do réu, Evaldo Christyan Dias Zenteno, de 21 anos, ainda será definida.
Evaldo foi denunciado pela promotora Aline Mendes Franco Lopes, da 21ª Promotoria do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no início deste mês. Agora responde por homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e asfixia por afogamento – na 2ª Vara do Tribunal do Júri.
O réu está preso desde o dia 19 de setembro e aguarda julgamento em isolamento no Instituto Penal de Campo Grande. Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) ele está em ala específica para presos por crimes sexuais, apelidada de "Jackolândia". A medida é para tentar evitar que ele seja agredido ou até morto por detentos, por conta brutalidade do crime contra a criança.
O caso - Evaldo foi preso depois de levar o filho já morto para a Santa Casa de Campo Grande. Em um primeiro momento afirmou que o menino havia sido jogado em um córrego durante um assalto. A polícia foi chamada e logo os furos na versão começaram a aparecer. O jovem então confessou ter matado Miguel com ajuda de dois comparsas.
Alegou que foi orientado por um amigo a tirar a vida do próprio filho para de vingar da ex-mulher, mãe da criança, de quem estava separado há dois meses. Ele chegou a levar a polícia até a casa do suspeito, mas no local os as equipes descobriram que Evaldo estava novamente mentindo. Diante da situação, acabou confessando ter cometido o crime sozinho.
Contou que em casa deu banho em Miguel e o colocou para dormir. Com a intenção de fazer a ex-mulher sofrer, por causa de uma suposta traição, encheu uma bacia com água, e colocou a cabeça do filho dentro. A criança ainda estava dormindo. Evaldo falou ainda que se afastou, deixou ele se afogar sozinho. Depois o levou para o hospital.