Júri sobre morte de estudante é adiado e Jamilzinho pode voltar à Capital
Com possibilidade de escolta dos réus, que estão em Mossoró-RN, juiz remarcou o julgamento para o mês de maio
Após pedido da defesa e consulta da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) sinalizou na tarde desta sexta-feira (10) a possibilidade de trazer Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Daniel Olmedo para acompanharem presencialmente o júri popular sobre a morte de Matheus Coutinho Xavier em Campo Grande.
No entanto, o Depen, que é responsável pela escolta dos acusados que estão presos no presídio de Mossoró-RN, alegou não ser possível fazer o translado dos réus na próxima quarta-feira (15), quando estava marcado o julgamento, sugerindo o adiamento.
“Caso seja imprescindível a apresentação dos réus ora mencionados, de forma presencial, devidamente escoltados, na audiência em comento, essa Diretoria, respeitosamente, solicita a remarcação do ato judicial”, informou o Depen em resposta a 2ª Vara do Tribunal do Júri.
No ofício, o Depen ressaltou ainda que não tem acesso a ferramentas, gravações, ou qualquer tipo de controle referente às configurações e segurança da audiência realizada pelos aplicativos de videoconferência. “Caso a audiência seja realizada por meio de alguma dessas plataformas, o órgão solicitante ficará responsável por garantir a segurança, gravação e sigilo das informações, bem como a disponibilidade da respectiva mídia”.
Com a possibilidade de trazer os réus para Campo Grande, o juiz Aluizio Pereira dos Santos remarcou a o julgamento para o mês de maio, ainda sem data definida. “Caso, eventualmente não trazê-los pessoalmente por algum outro motivo, o julgamento será realizado de qualquer forma pela videoconferência”, informou o magistrado.
Execução do estudante - Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, foi executado a tiros de fuzil em 9 de abril de 2019. Matheus teria sido morto por engano, no lugar do pai, o policial militar aposentado Paulo Roberto Teixeira Xavier, que teria a morte encomendada por Jamil Name Filho, o Jamilzinho, e arquitetado por Vladenilson e Marcelo Rios, que eram homens de confiança de Jamilzinho.