Justiça mantém bloqueio de R$ 9,5 milhões contra magistrado por improbidade
Tribunal de Justiça aposentou o juiz compulsoriamente em fevereiro de 2022
O juiz aposentado Aldo Ferreira da Silva Júnior, que acumula denúncias por ter transformando a Justiça em “balcão de negócios”, teve bloqueio de bens de R$ 9,5 milhões mantido pela 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande.
Conforme decisão publicada hoje (dia 26) no Diário da Justiça, foram rejeitados os pedidos para levantar a indisponibilidade de bens e os pedidos para rejeição da inicial, em que a promotoria aponta improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.
Em setembro de 2020, a 1ª Vara de Direitos Difusos bloqueou bens do então juiz afastado por improbidade administrativa durante atuação em inventários.
“Assim que intimado, adotarei a providência legal cabível”, afirmou o advogado André Borges.
O juiz foi titular da Vara de Sucessões de Campo Grande. Do conjunto de processos contra o magistrado, emergia denúncia de lavagem de dinheiro por meio de propina paga em propriedades rurais e venda de sentença por R$ 100 mil.
Ainda conforme a acusação, Aldo Ferreira usou “dos mais variados estratagemas de mascaramento, ocultou e dissimulou a origem, a localização, a movimentação e a localização dos bens e valores provenientes de crimes de corrupção”.
O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) aposentou o magistrado compulsoriamente em fevereiro deste ano.