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Capital

Juiz denunciado por corrupção é aposentado compulsoriamente

Juiz tem salário bruto de R$ 38.742,40, segundo portal da Transparência do TJMS

Adriano Fernandes e Anahi Zurutuza | 24/02/2022 19:31
Aldo Ferreira da Silva Júnior, juiz acusado de corrupção que foi aponsentado. (Foto: Arquivo)
Aldo Ferreira da Silva Júnior, juiz acusado de corrupção que foi aponsentado. (Foto: Arquivo)

Alvo de denúncias de corrupção, o juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior foi aposentado compulsoriamente pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A aposentadoria tem o aval do presidente do Tribunal, desembargador Carlos Eduardo Contar, e será publicada na edição do Diário da Justiça de Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (25), conforme apurado pelo Campo Grande News.

Mesmo afastado de suas funções devido ao uso de laranjas para esconder a receita de suas transações, Aldo recebia salário de R$ 38.742,4, equivalente ao cargo de juiz da 5ª Vara de Família e Sucessos de Campo Grande, conforme o Portal da Transparência do TJMS. Com as deduções, o rendimento líquido do juiz é de R$ 23.715,39. O valor da aposentadoria de Aldo não foi divulgado,

Aldo está afastado do cargo há quase cinco anos, acusado de uma série de denúncias de corrupção. Denunciado por corrupção, Aldo usava laranjas para esconder a receita de suas transações, do controle do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Das três denúncias levadas pela PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) contra o magistrado, duas foram aceitas pelo Órgão Especial. Desta forma, Aldo Ferreira se tornou réu e vai responder por lavagem de dinheiro (denúncia aceita em 7 de julho), além de peculato (subtração ou desvio de dinheiro público), supressão de documento, falsidade ideológica e corrupção passiva (denúncia sobre precatórios aceita ontem pelo Judiciário).

Ao todo, a terceira denúncia, ainda pendente de julgamento, tem 16 alvos. Na lista, aparecem o juiz, a esposa Emmanuelle Alves Ferreira da Silva (advogada), Jesus Silva Dias (já réu em outra ação), mais sete advogados, psicóloga e pecuaristas. Para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), todos devem responder por corrupção. A denúncia também pede a perda do cargo do juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, perda de R$ 5,4 milhões do produto da corrupção e pagamento de indenização de R$ 24,2 milhões por danos morais à sociedade.

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