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Capital

Justiça prorroga uso de tornozeleira a advogada que aplicou golpe milionário

Emmanuelle Alves Ferreira da Silva é acusada de crime de estelionato cometido contra um idoso residente no Rio de Janeiro

Silvia Frias | 01/04/2019 17:19
Emmanuelle Alves no dia que foi presa, em julho de 2018 (Foto/Reprodução: TV Morena)
Emmanuelle Alves no dia que foi presa, em julho de 2018 (Foto/Reprodução: TV Morena)

A Justiça em Campo Grande prorrogou por mais 180 dias o benefício do uso de tornozeleira eletrônica à advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, acusada de crime de estelionato cometido contra um idoso residente no Rio de Janeiro.

A decisão é da juíza da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, Eucélia Moreira Casal e foi publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira.

Segundo o processo, a juíza avaliou que mantêm-se os fundamentos que autorizaram o uso de tornozeleira eletrônica, benefício concedido em decisão inicial de setembro de 2018, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

No caso de Emmanuelle, a prorrogação de 180 dias é válida a partir de 11 de março deste ano. Ela é mulher do juiz Aldo Ferreira da Silva Junior, da 5ª Vara de Sucessões de Campo Grande.

O golpe – O caso veio à tona em meados de julho de 2018 e, dias depois, ocorreu a prisão da advogada. O golpe envolve a negociação de uma propriedade rural em Tangará da Serra (MT), na qual Emmanuelle foi citada como advogada do suposto proprietário da fazenda, que executou a vítima usando o nome falso de João Nascimento dos Santos.

Contudo, o “proprietário” se tratava de José Geraldo Tadeu de Oliveira, um dos suspeitos de participar do golpe. O negócio teria envolvido promissórias envolvendo assinaturas falsas da vítima. Até carimbos do cartório foram falsificados, conforme apontam as apurações.

A vítima descobriu o golpe no fim do ano passado, quando teve R$ 5,5 milhões bloqueados em sua conta. Do Rio, ele acionou sua advogada para apurar a fraude. No entanto, um recurso judicial derrubou o bloqueio e direcionou o dinheiro par a uma conta que seria de Emmanuielle. Depois, os valores foram distribuídos para outras contas.

Autor da decisão que liberou os pagamentos, o juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 2ª Vara Cível da Capital, disse em entrevista coletiva que havia sido “enganado”.

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