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Capital

OAB promete apuração sobre investigado por venda de sentenças

Mansour Karmouche comentou sobre os desdobramentos da Operação Espada da Justiça

Jones Mário e Leonardo Rocha | 21/10/2019 12:52
Chegada de equipe de buscas à sede do Gaeco, na última sexta-feira (Foto: Fernanda Palheta)
Chegada de equipe de buscas à sede do Gaeco, na última sexta-feira (Foto: Fernanda Palheta)

O presidente da seccional sul-mato-grossense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Mansour Elias Karmouche, prometeu investigação por parte da entidade sobre o advogado Wilson Tavares de Lima, alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) contra esquema milionário de venda de sentenças judiciais.

Karmouche ainda pediu “agilidade na resposta” e disse que vai cobrar da Corregedoria Nacional de Justiça a apuração da responsabilidade do juiz Aldo Ferreira da Silva Junior. O magistrado está afastado do TJMS (Tribunal de Justiça do Estado) desde novembro de 2018 e também foi alvo de mandados de busca e apreensão da Operação Espada da Justiça, deflagrada na sexta-feira (18).

Durante solenidade de abertura dos trabalhos de inspeção da Corregedoria Nacional, nesta segunda-feira (21), no plenário do Tribunal Pleno do TJMS, Mansour Karmouche classificou o caso como “um escândalo”.

Na sexta, agentes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do juiz Aldo Ferreira da Silva Junior, em condomínio de luxo no Bairro Tiradentes, e em endereços ligados ao advogado Wilson Tavares de Lima.

Em nota, o Gaeco disse que a operação “apura eventuais delitos de corrupção e associação criminosa, supostamente praticados em autos de inventário, durante período de atividade funcional de membro do Poder Judiciário em Vara de Família e Sucessões da Capital, e outros desdobramentos”.

De acordo com o Gaeco, a Espada da Justiça cumpriu mandados em Campo Grande, Aquidauana e Rochedo. O nome da operação “faz alusão à ideia da coragem de cortar na própria carne quando necessário”, diz nota enviada à imprensa.

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