OAB promete apuração sobre investigado por venda de sentenças
Mansour Karmouche comentou sobre os desdobramentos da Operação Espada da Justiça
O presidente da seccional sul-mato-grossense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Mansour Elias Karmouche, prometeu investigação por parte da entidade sobre o advogado Wilson Tavares de Lima, alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) contra esquema milionário de venda de sentenças judiciais.
Karmouche ainda pediu “agilidade na resposta” e disse que vai cobrar da Corregedoria Nacional de Justiça a apuração da responsabilidade do juiz Aldo Ferreira da Silva Junior. O magistrado está afastado do TJMS (Tribunal de Justiça do Estado) desde novembro de 2018 e também foi alvo de mandados de busca e apreensão da Operação Espada da Justiça, deflagrada na sexta-feira (18).
Durante solenidade de abertura dos trabalhos de inspeção da Corregedoria Nacional, nesta segunda-feira (21), no plenário do Tribunal Pleno do TJMS, Mansour Karmouche classificou o caso como “um escândalo”.
Na sexta, agentes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do juiz Aldo Ferreira da Silva Junior, em condomínio de luxo no Bairro Tiradentes, e em endereços ligados ao advogado Wilson Tavares de Lima.
Em nota, o Gaeco disse que a operação “apura eventuais delitos de corrupção e associação criminosa, supostamente praticados em autos de inventário, durante período de atividade funcional de membro do Poder Judiciário em Vara de Família e Sucessões da Capital, e outros desdobramentos”.
De acordo com o Gaeco, a Espada da Justiça cumpriu mandados em Campo Grande, Aquidauana e Rochedo. O nome da operação “faz alusão à ideia da coragem de cortar na própria carne quando necessário”, diz nota enviada à imprensa.