TJ marca para dia 3 julgamento de juiz por peculato e corrupção passiva
As denúncias são de fraude em precatórios milionários, lavagem de dinheiro e irregularidades em processos de inventários
O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) marcou para 3 de fevereiro o julgamento do juiz afastado Aldo Ferreira da Silva Júnior pelos crimes de peculato e corrupção passiva. Os processos estão na pauta do Órgão Especial, que se reúne na próxima quarta-feira, a partir das 14h.
As ações do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) tramitam em sigilo e somente as iniciais do réu foram divulgadas na pauta de julgamento. As três denúncias chegaram ao Poder Judiciário em abril do ano passado. Nos três processos, o relator é o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques.
As denúncias da PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) são por fraude em precatórios milionários, lavagem de dinheiro e irregularidades em processos de inventários.
Num dos espólios, um dos herdeiros, que também foi denunciado pelo Ministério Público, revela que fez pagamento de R$ 100 mil por uma decisão favorável.
Alertado pelos advogados de que o juiz “gostava de dinheiro”, ele autorizou que seus quatro representantes negociassem com o magistrado.
A intenção do herdeiro era impedir obra em terreno no bairro Tiradentes, em Campo Grande, que havia sido locado com autorização de sua irmã.
O juiz está afastado do cargo desde novembro de 2018 e, conforme o Portal da Transparência do TJMS, recebeu créditos de R$ 72.431 na folha de dezembro de 2020. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do juiz afastado.