TJ mantém bloqueio milionário contra juiz e processo vai ficar sob sigilo
Afastado, magistrado é suspeito de vender sentença e lavagem de dinheiro
O desembargador Julizar Barbosa Trindade manteve bloqueio de mais de R$ 7 milhões imposto ao juiz afastado Aldo Ferreira da Silva Júnior. Na decisão, divulgada na edição de hoje do Diário da Justiça, também foi deferido o sigilo processual.
Desta forma, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) recebeu o recurso da defesa, mas não concedeu o efeito para suspender o bloqueio de bens ordenado pela 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande.
A próxima etapa é que o agravo de instrumento seja julgado por três desembargadores. A pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o bloqueio foi por improbidade administrativa durante a atuação do juiz em inventários. O magistrado foi titular da Vara de Sucessões de Campo Grande.
Do conjunto de processos contra o juiz afastado, movido na esfera criminal, emerge denúncia de lavagem de dinheiro por meio de propina paga em propriedades rurais e venda de sentença por R$ 100 mil, num "balcão de negócios".
A reportagem não conseguiu contato com o advogado André Borges, que atua na defesa do juiz afastado.